O comércio tradicional vestiu-se de preto

Por Eliseu Sampaio.

Eliseu sampaio

Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesNo passado sábado, a cidade de Guimarães acordou com cartazes negros nas lojas de comércio tradicional. Numa iniciativa inédita da Associação de Comércio Tradicional de Guimarães, foi anunciado o “luto”. “O corte do centro da cidade ao trânsito significa a nossa morte”, anunciavam os comerciantes e Cristina Faria, presidente da associação.

Muito se tem escrito sobre o aumento da pedonalização no centro da cidade. Se uns vêm como um aumento da fruição do espaço público, e uma oportunidade para “atualizar” a cidade, outros receiam que essa medida leve ao encerramento dos espaços comerciais existentes.

Muito pouco se fez, ao longo dos últimos anos, para proteger este setor, que foi empobrecendo gradualmente. Pelo contrário, algumas medidas como a construção de um grande Centro Comercial a poucos metros do centro e outro em Silvares, a mudança de localização do Mercado Municipal, a deslocalização dos Correios da rua de Santo António, a saída de diversos serviços do centro, levaram a uma queda da atratividade do comércio de rua. Até o desaparecimento da ACIG e a necessidade do surgimento de novas associações contribuíram para o estado atual. As lojas que ainda resistem, há que o dizer, fazem-no a muito custo.

Os comerciantes temem agora que a diminuição de tráfego automóvel no centro seja o “golpe fatal” no comércio em algumas artérias da cidade.

Já a câmara municipal continua a defender a sua “visão de futuro para a cidade” que passa obrigatoriamente pela pedonalização, considerando que esta é “determinante para devolver a cidade às pessoas”.

As posições extremaram-se, pelo que é urgente apelar ao diálogo entre as partes: a ACTG e o município.

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