Albergue de S.Crispim dá conforto na Noite de Natal
De regresso aos moldes habituais.

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A 24 de dezembro, como terá acontecido há mais de 700 anos, na estreita viela que liga a rua da Rainha à Tulha, os cidadãos mais desfavorecidos de Guimarães abeiram-se da porta do Albergue de S. Crispim e S. Crispiniano procurando algum conforto para o estômago e para o coração. Uns porque são pobres, outros porque não têm ninguém ou porque a família está longe.

A tradição remonta a 1315, onde, no Albergue de S. Crispim, foi servida a primeira ceia de Natal aos desfavorecidos da cidade, tradição que se cumpre até hoje sobre o mesmo chão com mais de 700 anos de terra batida.
Depois de dois anos com um formato diferente, em take-away, as portas das instalações daquela Irmandade abrem-se, uma vez mais, este sábado, para voltar aos moldes habituais. No ano passado vieram à volta de 90 pessoas. Este ano, contam que apareça mais gente.
“Pelo menos naquelas horinhas damos um bocado de conforto àquelas pessoas”, disse ao Mais Guimarães José Teixeira. “O que esta gente precisa”, rematou.
De há uns anos para cá, a ajuda dos vimaranenses tem aumentado e, na noite de 24 de dezembro, sente-se isso. “Há uns dez anos ninguém vinha ajudar, porque é um dia familiar. Agora toda a gente quer ajudar”, algo que mostra a solidariedade, mesmo dos mais novos, como os escuteiros, lembra José Teixeira.