O palco das lamentações

Por Eliseu Sampaio.

Eliseu sampaio

Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesEstalou a polémica na última semana com o custo da organização das Jornadas Mundiais da Juventude, em particular com o preço a pagar pela construção de um palco onde o Papa Francisco pregará aos jovens fiéis.

Num país enterrado até aos olhos em polémicas, este, na minha opinião, transformou-se rapidamente no alibi perfeito para distrair atenções de questões mais essenciais e arrebanhar, quase por completo, o povo e as discussões noutra direção.

As polémicas à volta dos contratos da TAP, com automóveis, recompensas, prémios como agora de sabe, de dois milhões quando a administradora cumprir o programa para o qual foi contratada e pelo qual recebe já um rico ordenado, de meio milhão por ano. Ou a questão dos professores, numa luta justa, diga-se, por melhores condições de trabalho e por uma escola pública mais digna, passaram para segundo plano por estes dias. O palco foi, ainda antes de ser construído, o centro das atenções.

O palco, com um custo estimado de 4,2 milhões de euros, o que representa apenas 5% dos custos de todo o evento, estimados em 80 milhões de euros, será construído em terrenos baldios junto ao Tejo, transformando para o futuro mais uma área da capital. O espaço, diga-se, ficará disponível para fruição da população e para acolher outros grandes eventos.

As Jornadas Mundiais da Juventude, que se realizam em Portugal em agosto, é um dos maiores eventos do mundo, trará ao nosso país cerca de 1,5 milhões de pessoas e colocará Portugal no centro das atenções dos católicos dos cinco continentes. Estima-se que tenha um retorno económico para o país de cerca de 350 milhões de euros.

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