Mercado do arrendamento: À duzia fica mais barato!

Por Eliseu Sampaio.

Eliseu sampaio

Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesÉ de senso comum que arrendar casa em Guimarães, com a garantia de algum conforto e um preço comportável, é tarefa hercúlea.

Primeiro porque o número de fogos na cidade e pelo concelho não aumentou significativamente nos últimos anos, ao contrário do que se deu com a procura.

Segundo, porque Guimarães, pela sua dimensão, pelas suas pessoas, pelas apostas feitas em áreas com a cultura, o desporto e, mais recentemente, o ambiente, garante alguma qualidade de vida.

É notícia esta semana um incêndio na Mouraria, em Lisboa, em que morreram duas pessoas e 14 ficaram feridas. O fogo deu-se numa “loja arrendada em maio de 2022 a um cidadão indiano”, contou a proprietária à comunicação social, e onde estariam a viver, no sábado, 22 pessoas.

Aconteceu em Lisboa, e poderia acontecer aqui, sim, em Guimarães. É uma realidade que não queremos ver, a que não estamos habituados, mas que nos bateu à porta.

À duzia fica mais barato! Esta é a lógica. E o plano é simples: aluga-se um apartamento e subalugam-se os quartos, e salas, cozinhas e arrecadações, quase ao metro quadrado, onde são colocados beliches ou colchões pelo chão. Quem chega sem grandes recursos acaba por não encontrar alternativas e é explorado, sendo levado pela corrente para locais onde a dignidade e privacidade não imperam.

Toda a gente sabe o que se passa: os vizinhos, os proprietários, a Polícia, as Finanças, a Junta, a Câmara, a Segurança Social, o Governo. Toda a gente sabe. Todos fingem não saber.

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