O município de Guimarães vai avançar com um novo concurso público para o edifício para alojamento de estudantes do ensino superior do Avepark.

A abertura de novo procedimento e repartição de encargos prende-se com o facto de o valor estipulado de cerca de 10 milhões de euros, no último concurso de dezembro passado, ter ficado aquém das propostas apresentadas. A mais baixa fixou-se nos 16 milhões de euros, enquanto que a média das restantes varia entre os 17 e os 18 milhões de euros.

A oposição instou Domingos Bragança a “perceber o que é que se passa”, uma vez que “nos últimos meses não há um concurso que corra bem ao município”.  Sustenta a sua opinião com os recentes concursos vazios da Escola hotel do IPCA, ecovia do Reboto a Pevidém e este último, referente à residência universitária.

Assim, vinca que os “preços base estão muito abaixo daquilo que o mercado vem a responder”, o que o leva à perceção de que “ou o mercado está mal ou os preços base são baixos”.

Com este novo concurso público a autarquia subiu o valor base para 11.502.762,51€+IVA, o que não significa que esteja mais perto da adjudicação da obra. Para Bruno Fernandes, vereador da Coligação Juntos por Guimarães (JpG), “não é normal que haja uma decalagem entre 10 e 16 milhões, uma diferença de 60% do valor. Mesmo com esta atualização, ainda está 40% aquém daquele que foi o preço mais baixo”, explicou.

Admitindo que “os últimos concursos públicos têm ficado desertos”, Domingos Bragança lembrou a possibilidade de realizar um ajuste direto face ao concorrente com preço mais baixo, apesar de essa não ser a sua preferência.

“Veremos se nestes concursos repetidos teremos concorrentes. São concursos que, embora sejam financiados pelo PRR, temos à vontade mais dois ou três meses para repeti-los”, justificou o edil. “Sou favorável, se o código permitir, a que se possa definir preços base mais altos para que os concursos tenham condições de sucesso”, finalizou.