No caminho trilhado por este “eRrAdO”, a Plataforma285 propôs-se a criar um espetáculo de elogio ao erro, procurando um espaço para experimentar sem ter que acertar ou cumprir objetivos concretos. Logo surge um problema: será que estão no caminho certo?

Colar sem nexo, pintar por fora das linhas, escrever palavras que não existem, cantar em línguas inventadas: o que querer mais? As perguntas são infinitas, o mundo não para de crescer e cada dia descobrem-se mais cores: pode haver melhor que isto?

“eRrAdO” é, assim, um elogio ao erro, à tentativa, ao espaço para experimentar sem ter que acertar ou ter respostas concretas. Por isso mesmo, este espetáculo experimenta, investiga outras formas, novas formas, formas ilimitadas, formas mais do que erradas, talvez não muito certas. E porque não há uma forma certa de se ser e se pode falar de várias maneiras, “eRrAdO” é um espetáculo com Língua Gestual Portuguesa e todas as sessões são descontraídas, que é como quem diz, todos podemos falar, mexer e até sair da sala se o desconforto for sentido.

Dirigido às crianças a partir dos 3 anos de idade, o espetáculo será apresentado ao público em geral, nomeadamente a famílias, no pequeno auditório do Centro Cultural Vila Flor a 17 de junho, às 16h00, estando os bilhetes disponíveis pelo valor de dois euros. Será também apresentado entre 15 e 21 de junho em diversas sessões dedicadas a escolas e instituições de Guimarães, integrando a programação de Educação e Mediação Cultural d’A Oficina.

Este espetáculo é uma criação da Plataforma285, coproduzido pel’ A Oficina, pelo Cineteatro Louletano, pelo Teatro Curvo Semedo, pelo Teatro Aveirense, e pelo Teatro Municipal do Porto. Conta com a cocriação, texto e interpretação de Raimundo Cosme, cocriação e interpretação em Língua Gestual Portuguesa por Valentina Carvalho, cocriação, sonoplastia e texto de Conan Osiris, e cocriação e cenografia de Sara & André.

A pensar no público pré-escolar, a Plataforma285 contou também com escolas como parceiras desta aventura. Durante o mês de maio, em período de residência, abriram portas para conversar com turmas do pré-escolar e do 1.º ciclo, com crianças surdas e ouvintes, para que estes pudessem esclarecer, apoiar e, em conjunto, errarem mais e melhor.