Suspeitas de que a instalação da UDIC “não tenha sido financiada por donativos da sociedade civil”

No inquérito em apreço "investigam-se factos suscetíveis de enquadrar a prática dos crimes de corrupção, participação económica em negócio e abuso de poder".

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A Polícia Judiciária (PJ), em investigação conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção e com o apoio da Diretoria do Norte e do DIC de Braga, procedeu, no âmbito de inquérito dirigido pelo DCIAP, à realização de uma operação policial visando a execução de 12 mandados de busca e apreensão, visando uma Unidade Hospitalar E.P.E. (entidade pública empresarial) e onze sociedades comerciais ligadas ao sector da saúde. As buscas decorreram nas cidades de Guimarães, Lisboa e Porto.

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De acordo com a PJ, “as diligências incidem sobre contratos celebrados pela Unidade Hospitalar em causa, entre 2015 e 2018, visando a instalação de uma Unidade de Diagnóstico e Intervenção Cardiológica (UDIC), sem a prévia e necessária autorização do Ministério da Saúde”.

A investigação tem por objeto, ademais, “suspeitas de que a instalação da UDIC, ao contrário do que foi veiculado publicamente, não tenha sido financiada por donativos da sociedade civil, mas sim por sociedades comerciais com interesses na área da saúde, as quais vieram posteriormente a celebrar contratos com a Unidade Hospitalar, no valor de aproximadamente 21 milhões de euros, em condições bastante desfavoráveis para o erário público”.

A PJ, no inquérito dirigido pelo DCIAP, prosseguirá a investigação, após a realização subsequente da análise à prova agora recolhida, “visando o apuramento integral de todas as condutas criminosas, o seu cabal alcance e, bem assim, a sua célere conclusão”.

Participaram na operação “Salus”, fazem saber, investigadores e peritos da PJ, um Juiz de Instrução Criminal, sete Magistrados do Ministério Público do DCIAP e ainda sete elementos da IGAS. No inquérito em apreço “investigam-se factos suscetíveis de enquadrar a prática dos crimes de corrupção, participação económica em negócio e abuso de poder”.

Recorde que, na passa sexta-feira, o Hospital Senhora da Oliveira agradeceu o contributos dos mecenas da UDIC, “que tiveram um papel determinante na recente abertura do Laboratório de Hemodinâmica”.

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