Guimarães Allegro quer “desconstruir preconceitos com a música erudita”
De 13 a 15 de julho, a cidade berço vai "descontruir alguns dos preconceitos que existem com a música erudita" com o Festival Guimarães Allegro.
De 13 a 15 de julho, a cidade berço vai “desconstruir alguns dos preconceitos que existem com a música erudita” com o Festival Guimarães Allegro.
O festival, com direção artística de Vítor Matos e Domingos Castro, quer envolver as associações e os agentes culturais da região e trazer várias partes do mundo a Guimarães. Assim, ao longo de três dias, em vários espaços da cidade, há o objetivo de “ter uma abordagem mais erudita à música tradicional”, explicou Domingos Castro.
O primeiro dia de evento terá um concerto único de abertura, no Paço dos Duques, às 22h00. Como explicou o maestro Vítor Matos, a Orquestra de Guimarães “tem por hábito convidar um maestro de fora para conhecer a cidade e a atividade da própria orquestra” e aqui não haverá exceção, com Borja Quintas a ser convidado. O espetáculo terá, como solista, Ana Aroso, uma artista portuguesa que irá interpretar um concerto para guitarra com um arranjo para harpa. “Um concerto fresco pelas melodias” que “não é melancólico”, explicou o maestro que diz ainda ver quase “paisagens sonoras” neste programa.
A peça “O Barbeiro de Sevilha” trará uma “abertura bastante viva”. Segue-se a “Suite Alentejana” e algumas zarzuelas, uma tradição espanhola. “Os espanhóis não sabem o património que têm, ainda tem muito a ser explorado”, acredita Vítor Matos.
A ideia, explicou Domingos Castro, “foi a abordagem erudita da música tradicional de várias partes do mundo”. Algo visível neste primeiro concerto, com música ibérica. Mas será “transversal ao longo festival”.
No dia 14 de julho, é a vez de Gileno Santana e Inês Vaz apresentarem “Ciranda”, às 19h00, no largo da Oliveira. A praceta Garagem Avenida recebe, às 22h00, o Quarteto de Cordas, como de costume, “com música dos Estados Unidos e um piscar de olho à musica do mundo”.
Já o último dia, em jeito de maratona, começa às 09h30, no Mercado Municipal, com a apresentação do projeto Alquimia, em parceria com a Fraterna e a Sociedade Musical de Guimarães. Este é, explicaram na apresentação do festival, “um projeto de inclusão com jovens em risco de exclusão”.
Às 10h00, o largo da Misericórdia recebe o Quinteto de Metais da Banda Filarmónica de Moreira de Cónegos e, às 10h45, é a vez da rua da Rainha receber o Ensemble da Banda Musical de Caldas das Taipas. A partir das 12h00, a música soa no largo da Oliveira, com Prometheus – Quarteto de Clarinetes.
Ainda durante a manhã, haverá um “projeto de comunidade”, no largo Condessa do Juncal. Pela primeira vez, realiza-se o “Música em Família”, um showcase familiar no qual as famílias são convidadas a tocar algumas das canções mais conhecidas e icónicas do repertório mais pop.
A partir das 16h00 é hora de subir à Penha para ouvir a Orquestra do Agora. Uma orquestra com jovens, inusitada: “um projeto feito fora da caixa”, explicaram.
De volta à cidade, a alameda de São Dâmaso recebe Transversalmente Flute Ensemble, o IDEGUI os Jovens Cantores de Guimarães, com “Noturno”, o largo da Oliveira o Choro Lusitano e o museu Alberto Sampaio os Dogma Brass Band.
Os Kaustika vão atuar às 19h00 e encerrar o evento que contou com 30 mil euros de orçamento, às 23h00, com uma atuação itinerante.
Paulo Lopes Silva, vereador com o pelouro da Cultura, destacou “a capacidade de cruzamento e interligações entre diferentes instituições do território” do Guimarães Allegro.
Este festival, referiu ainda, “tem vindo a manter este contacto contínuo com as bandas filarmónicas e a cada ano tem sempre havido a capacidade de acrescentar novas parcerias e colaborações que ajudam a consolidar um programa que seja envolvente da música não só erudita”.
Para além disso, acredita, o Guimarães Allegro “tem feito esse esforço de desconstruir alguns dos preconceitos que existem com a música erudita”. Nesse sentido, diz também, a cidade “tem um projeto ímpar” no que toca a este estilo musical. Deu, assim, os exemplos do Conservatório que forma crianças até ao ensino superior, das licenciaturas da UMinho, da programação de música erudita ao longo de todo o ano, e da temporada da Orquestra de Guimarães e do Quarteto de Cordas numa lógica de residências artísticas.
Os espaços ocupados pelo festival foram também um dos destaques da apresentação do evento que, este ano, reforça a programação no Bairro C, na área onde se pretender alargar a classificação de Património Mundial UNESCO, e se estende até à Penha. Este novo lugar, explica Paulo Lopes Silva, destaca-se pelo “património natural e pelo património cultural do ponto de vista da arquitetura do espaço”.
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