Ficamos até às seis e meia. Depois temos que ir!

Por Eliseu Sampaio.

© Eliseu Sampaio

Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesA frase, ouvida assim de rompante na tarde de domingo, deixou-me a pensar. Não é que não soubesse do procedimento, pelo quão bem enraizado ele está. Mas não deixa de mexer cá dentro e de incomodar.

A frase, proferida por um guia turístico em frente ao museu de Alberto Sampaio, deixava claro que aquele grupo de turistas tinha 30 minutos para conhecerem um pouco mais a cidade, visitarem uma loja que estivesse por perto, comprar uma garrafa de água, tirar uma selfie e voltar ao autocarro que os haveria de esperar um pouco mais abaixo, no Largo República do Brasil, vulgo Campo da Feira, e levá-los para a cidade do Porto.

Nas voltas regulares que dou pelo centro histórico da cidade, que ainda vai beneficiando de algum turismo, ao contrário de praticamente toda a restante área do concelho, têm sido frequentes os lamentos dos empresários da restauração e também da hotelaria face à qualidade e quantidade de turistas em Guimarães.

Os números têm sido até simpáticos com a cidade berço, no entanto, aqui o turismo cresce menos do que a maioria das cidades com que frequentemente queremos ombrear, numa tentativa vã de nos esticarmos até onde já não conseguimos chegar. E falo, naturalmente, das cidades de Braga, Viana do Castelo ou Porto.

Apesar de algumas tentativas avulsas de procurar reter e cativar outro tipo de turista para Guimarães, que aqui fique, e daqui parta à descoberta dos tesouros desta região, que entre com tempo nos nossos estabelecimentos e contacte com as nossas pessoas, a verdade é que, pelo andar da carruagem, antes das seis e meia, vamos continuar a vê-los partir.

PUBLICIDADE

Arcol

Partilhar

PUBLICIDADE

Ribeiro & Ribeiro
Instagram

JORNAL

Tem alguma ideia ou projeto?

Websites - Lojas Online - Marketing Digital - Gestão de Redes Sociais

MAIS EM GUIMARÃES