Pela Cidade

O ano de 2023 termina com:

© Mais Guimarães

a) A permanente agressão à estrutura física e à dimensão estética do monumento evocativo da Batalha do Salado, no Largo da Oliveira, por turistas tem vindo a provocar a sua progressiva e acelerada degradação, o que é cada vez mais visível. Se nenhuma medida for adoptada para o proteger acabará por se degradar completamente. Torna-se assim urgente a construção de um perímetro de protecção que impeça a sua contínua ocupação como banco ou local de encosto, e a sua destruição. Cabe assim à Câmara Municipal essa tarefa protectora, empenhando uma equipa de arquitectos e de técnicos para estudar e executar o modelo de protecção mais adequado física e esteticamente.

b) A avaria do relógio da torre da Igreja de S. Pedro virado para o Toural de cima. Levou-me a pensar que Guimarães tinha perdido a noção do tempo. Mas, felizmente que foi rapidamente reparado, retomando a sua nobre função de nos dizer as horas com a altivez própria dos relógios das torres que nos olham de cima, mas com a consciência (se é que os marcadores do tempo têm consciência) de estar a prestar um nobre serviço à praça e à cidade em que habita. Mas, esse relógio e os seus companheiros que com ele temporalizam a vida na cidade estão tristes por um deles estar há anos doentinho, sofrendo de um quarto para as onze, o que continua a impedi-lo de acompanhar os seus parceiros na marcação das horas. Até quando o município está disposto a deixar sofrer esse relógio e com ele os seus companheiros e a cidade?

c) Uma séria e preocupante desaceleração económica e sócio-cultural do nosso Concelho, tudo por falta de uma nova visão estratégica – integrada e sustentável – do desenvolvimento sócio-económico, que tem faltado neste mandato da Câmara e da Assembleia Municipal. Esta é a é inegável que a percepção pública. A ela associado comunitariamente está a de que Guimarães está colocado atrás dos municípios do Quadrilátero, perdendo a força política e a importância que já teve a favor dos outros Conselhos do Quadrilátero. Urge pensar o nosso Concelho com uma nova visão estratégica que envolva empresários, sindicatos forças culturais e a Universidade.

d) O preço das rendas dos espaços comerciais em alta, o que contribui para o contínuo abrir e fechar dos espaços comerciais;

e) com a já tradicional imobilidade dos comerciantes que não se esforçam em procurar outros modelos de negócios que lhes perita revitalizar o nosso tecido comercial, convencidos que o comércio faz-se – e depende – da circulação de automóveis juntos das suas lojas; termina com a teimosa rejeição da pedonalização das ruas comerciais e reivindicação demais espaços de estacionamento, sem se aperceberem que o problema não reside na falta de estacionamento, mas sim numa cultura comercial ultrapassada e ineficaz.

f) Com as montras remodelação de Guimarães no “top do Guiness”. Nunca vi tantas montras em remodelação como nesta cidade. Táctica adoptada para não indicar o preço dos produtos expostos, mas que afasta clientes que não entram por não saberem o preço desses produtos.

g) O Presidente da Câmara a manter a teimosia de construir a chamada via de acesso ao Parque de Ciência e Tecnologia AvePark, (talvez, a mais cara e inútil da Europa – custa 5.714.285,71 por cada 1 Km e 5.714.285,71 por cada 1 minuto percorrido) e com a impugnação judicial dessa teimosia no Tribunal Administrativo. Felizmente que ainda há juízes em Braga!

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