Esta á a “nova casa” que a unidade orgânica I3Bs, da UMinho, lidera pelo professor Rui Reis. O projeto contou com um financiamento do FEDER superior a nove milhões de euros, e um milhão e 600 mil euros do Governo. Ao município de Guimarães coube o contributo de um milhão e 250 mil euros.

Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho, qualificou o momento como “um dia particularmente feliz”, destacando o contributo de Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, e de António Cunha, anterior reitor da UMinho e atual presidente da CCDR-N.

Segundo o reitor, com a entrada em funcionamento em pleno do Instituto Cidade de Guimarães, a UMinho tem agora uma “oportunidade para consolidar, nacional e internacionalmente, a investigação como uma das suas áreas de excelência”. Já Rui Reis, presidente do I3Bs, descreveu o percurso que foi efetuado para que o Instituto viesse a ser uma realidade e disse ser esta “uma oportunidade que a todos responsabiliza”.

Domingos Bragança, presidente da Câmara, lembrou a aposta do município de Guimarães em fazer da Ciência e do Conhecimento pilares do desenvolvimento do território. “É através do conhecimento que empoderamos e robustecemos os nossos tecidos social e económico, mas também da Educação e da Cultura, pois estes são os alicerces que definimos como basilares para que o território de Guimarães se possa desenvolver”.  Aqui, neste lugar, acrescentou “reuni um conjunto de empresários, juntamente com o I3Bs e o Hospital de Guimarães, para que possa nascer um HUB de Saúde em Guimarães, daqui do Avepark para a região, país e mundo. A transferência de conhecimento para as empresas e a diversificação das suas atividades, com destaque para os dispositivos médicos, os fármacos, e novas aplicações terapêuticas no sistema de saúde, são essenciais para que todo o nosso tecido económico se transforme num tecido económico de base tecnológica”, disse o presidente da Câmara Municipal.

No final da sua intervenção, o edil lembrou ainda o apoio que está a ser dado à Engenharia Aeroespacial e o projeto da “Fábrica do Futuro”, como “apostas claras” na Ciência e no Conhecimento por parte da autarquia.

Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, também presente na cerimónia, referiu-se a Domingos Bragança como “parceiro estratégico” e “embaixador da Ciência”. Para a ministra, a inauguração do novo centro de investigação é a “concretização de um sonho” e da visão do seu mentor, Rui Reis.

António Costa, o primeiro-ministro, considerou a inauguração do Instituto Cidade de Guimarães como “um marco de um percurso e de uma estratégia que coloca o conhecimento na base de tudo”.

Uma aposta que, segundo António Costa, começou com a criação de condições para a melhoria dos números da frequência do ensino superior e com o apoio e estabilização das universidades. António Costa destacou também como “bons exemplos” a parceria da Universidade do Minho com a Bosch, que classificou como “inspiradora”, valorizando ainda  a aposta de Domingos Bragança na Ciência, considerando ter sido “decisiva” para o desfecho que o Instituto Cidade de Guimarães veio a conhecer.

No final da cerimónia de inauguração do “TERM RES-HUB – Instituto Cidade de Guimarães”, António Costa visitou a obra do futuro edifício residencial para estudantes e investigadores que integra a estratégia municipal para o desenvolvimento do Parque da Ciência e Tecnologia de Guimarães, AvePark.

O edifício residencial “net-zero” é um investimento de aproximadamente 13,8 milhões de euros (ao qual acresce o valor do IVA), no âmbito do Programa Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES) apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

No total, este novo edifício estará equipado com 20 quartos individuais, 35 quartos duplos, 24 estúdios, 4 tipologia T0, 22 tipologia T1 e 5 tipologia T2, esperando-se a sua conclusão para o verão do ano em curso.