O ÚLTIMO MÊS DO ANO: O REGRESSO E A PARTILHA
MARCELA MAIA Técnica de relações internacionais na Universidade do Minho
por MARCELA MAIA
Técnica de relações internacionais na Universidade do Minho
Hoje começa o mês de dezembro …
É precisamente por iniciarmos hoje este último mês do ano civil que vos escrevo acerca de regressos a casa e de partilha.
Dezembro é por excelência um mês de regresso a casa. Não sei quanto a vocês, mas para mim uma das melhores sensações que posso ter é a felicidade reconfortada de regressar a casa depois de um período ausente.
Este regresso a casa de que falo, deve ser lido como um regresso não só ao lar onde vivemos, mas também como um regresso à nossa cidade, a Guimarães. Um regresso aos cheiros e aos sons que só cá encontramos, aos locais e caras que nos são familiares, à comida que nos conforta, sendo enfim um regresso ao berço…
A cidade enche-se por esta altura de uma paz intangível, intocável e inebriante que nos revigora e nos enche de forças para enfrentar o próximo ano que se avizinha, muito graças à sensação apaziguadora de caminhar pelas nossas ruas com passo acelerado, grossos agasalhos, luvas cobrindo-nos as mãos, nariz vermelho e um sorriso no rosto ao ver as nossas ruas iluminadas não só pelas luzes de Natal, mas também pelos nossos familiares, amigos ou conhecidos que voltam a casa, tornando o frio da época numa temperatura amena e acolhedora.
Este décimo segundo mês é também o mês onde muitas pessoas se reúnem em volta de uma mesa, mais ou menos farta e onde por um lado tentam esquecer as intempéries da vida diária e por outro recordam com saudade e nostalgia o que foi e já não é.
No entanto, e apesar de tudo o que referi acima, não posso deixar de lembrar que para muitos dezembro é simplesmente um mês frio… Um mês onde a comida escasseia e a cama onde dormem se torna mais fria e húmida. Um mês onde a saudade e a memória derretem qualquer ponta de calor que possa existir.
Este mês, onde o consumismo impera, tem tudo para ser um mês onde ao invés de apenas sermos consumidores passivos, possamos ser também produtores ativos e facilitadores de conforto a quem por norma não o tem, até porque o lar de muitos pode estar tão somente dentro de si próprio…
Por conhecer a fibra desta cidade e das nossas gentes, imagino a cada ano que passa, que nesse mesmo ano o nosso calor há-de aquecer mais alguém. Que as iniciativas que vemos serem promovidas nas superfícies comerciais ou nas ruas, vão ajudar a construir novas memórias e a acalmar a saudade dos que vivem sós. Afinal, o orgulho de ser Português e Vimaranense é o orgulho de se ser uma família unida que sabe acolher e oferecer o melhor de si a quem por cá está.
E é precisamente com este pensamento que quero iniciar o último mês de 2015, tentando fazer sempre para que o mesmo não se extinga ao 31º dia deste mês.
Da minha parte, neste espaço que aqui me toca, despeço-me então até 2016 desejando a todos os leitores do Mais Guimarães, um dezembro repleto de calor, tanto calor que sintam necessidade de o partilhar com mais alguém.
Votos de uma época festiva, verdadeiramente, feliz e até 2016!
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