Leia o discurso na íntegra:

Que bom é… que bom é ver o Teatro Jordão com esta moldura humana…
Um Teatro Jordão repleto de nostalgia… repleto de memórias, de passado, de presente e de futuro. Um Teatro Jordão repleto de esperança…

Esperança em Guimarães, esperança em Portugal… Esperança na mudança que muitos de vocês presenciaram e que outros tantos, como eu, ouvimos falar… Esperança nas milhões de pessoas, de Norte a Sul do país que, ainda hoje, gritam aos 7 ventos “VIVA À LIBERDADE”!!

Esperança que se continue, por muitos mais anos, a celebrar este dia. Não permitindo que nada, nem ninguém, nos roube o futuro que tanto custou recuperar…

Um futuro com menos impostos e mais poder de compra… Um futuro onde todos têm acesso à saúde, com mais opções de escolha e menos filas de espera…
Um futuro onde todos têm as mesmas opções de ensino, garantindo a qualidade e a diversidade…
Um futuro onde a habitação não é vista como um bem de luxo… Um futuro onde todos nós, em particular os jovens, possam cá ficar e ambicionar trabalhar.
Onde possam lutar pelo que desejam, onde possam constituir família… onde possam sonhar!
Um futuro… onde realmente, se cumpra Abril!

Para um jovem como eu, nascido e criado em liberdade, é difícil imaginar o que significava viver sob a sombra da opressão. Mas, através das histórias dos nossos pais e avós, é possível sentir a angústia da censura, a repressão do livre pensamento e a falta de oportunidades que caracterizavam a vida em Portugal antes da Revolução.

O 25 de Abril foi um grito de liberdade que ecoou por todo o país. Foi o triunfo da esperança sobre o medo, da coragem sobre a submissão. Foi o momento em que Portugal se libertou das amarras do passado e se ergueu com a determinação de construir um futuro melhor.

Nas últimas cinco décadas, alcançámos progressos notáveis em diversos campos. Construímos uma democracia sólida, um Estado de Direito forte e uma economia aberta. A nossa sociedade tornou-se mais justa e mais tolerante. Integrámos a União Europeia e conquistámos um lugar de destaque no mundo.

Mas ainda há muito por fazer. A crise económica e social dos últimos anos deixou marcas profundas na nossa sociedade. As desigualdades sociais persistem, a burocracia impede o desenvolvimento e a competitividade das empresas, e a educação precisa de ser modernizada para, finalmente, preparar os jovens para os desafios do futuro.

A emigração é um triste reflexo das oportunidades perdidas, das promessas não cumpridas. A dificuldade em encontrar habitação digna e empregos que nos permitam prosperar é uma realidade que muitos de nós enfrenta diariamente.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

É neste contexto que a Iniciativa Liberal assume um papel fundamental.
Defendemos um Portugal mais livre, mais justo e mais próspero.
Acreditamos que a liberdade individual e a iniciativa privada são os motores do progresso!
Queremos um Estado que apoie os cidadãos, mas que não os subestime nem substitua.
Queremos uma sociedade aberta e plural, onde todos tenham as mesmas oportunidades, independentemente da sua origem ou das suas convicções.

Hoje, neste momento crucial da nossa história, apresento-me diante de todos vocês não apenas enquanto Deputado Municipal ou Coordenador Geral da Iniciativa Liberal, mas como alguém, que de forma incansável, acredita cegamente no poder da mudança e na força da juventude.

Sou jovem, como espero que tenham reparado, e é com o coração repleto de otimismo e determinação que aqui estou, a dar voz a todos aqueles que, como eu, estão prontos para lutar por um país onde os sonhos não sejam apenas uma miragem distante, mas sim uma realidade tangível.

Sabemos todos que Portugal enfrenta desafios monumentais. Mas hoje, minhas senhoras e meus senhores, na celebração desta data tão especial, digo basta!

Basta de resignação, basta de aceitar um destino que não nos pertence.

Chegou a hora de tomarmos as rédeas do nosso futuro, de lutarmos pelos nossos direitos, pelo que ambicionamos, pelo nosso país!
O 25 de Abril é nosso por direito. Mas também é nosso por dever!!

E acreditem, nestes últimos 3 anos, tenho feito por dar o meu melhor no cumprimento do meu dever. Todos os dias acordo com um sentimento de missão muito bem alinhado. Tal e qual como há 50 anos muitos acordaram para fazer deste dia, o primeiro do resto das suas vidas.

Todos os dias acordo com a missão de dar voz a todos os jovens que aspiram mais, que ambicionam mais.
Todos os jovens que ambicionam construir um futuro brilhante para si mesmos e para as gerações vindouras.
Todos os jovens que acreditam que somos a promessa de um Portugal onde a meritocracia reina, onde o esforço é recompensado, onde todos temos a oportunidade de alcançar tudo aquilo que até hoje não achamos ser possível.

E por tudo isso é que hoje, vos faço um apelo. Acima de qualquer cargo ou posição política, muitos de vocês são pais, avós ou filhos.
Juntos, podemos transformar o nosso país, podemos construir um Portugal onde a esperança se sobrepõe ao desespero, onde a justiça prevalece sobre a injustiça, onde o futuro se molda pelos nossos sonhos e não pelas nossas limitações.
Juntos, podemos ser a mudança que tanto ansiamos ver!

Desta forma, Caros vimaranenses, Minhas senhoras e meus senhores, Temas como a habitação, mobilidade, crescimento económico, saúde e educação serão bandeiras importantíssimas para o desenvolvimento do país e do município e farão, certamente, parte da agenda política e do dia-a-dia de cada um de nós, independentemente
das cores partidárias.

Da minha parte, uma coisa vos garanto. Perante todos os presentes aqui, mais uma vez, comprometo-me… comprometo-me a lutar por todos, em particular os jovens como eu, pelos que serão como eu, pelos que já foram como eu, e, acima de tudo pelos que não pensam como eu.

Garanto-vos que nunca, mas nunca, irei desistir de lutar por um Portugal melhor, por uma vida melhor. E sabem porquê?
Porque foi para isto que há 50 anos se deu a Revolução dos Cravos. Para nos libertar de tudo o que não permite a mim e à minha geração procurar tudo aquilo que livremente deseja, mas acima de tudo, procurar tudo aquilo que livremente merece.

Vimaranenses, como outrora corajosos e destemidos, há 50 anos no largo do Carmo alcançaram a liberdade perante um regime controlador.

Há 896 anos aqui em Guimarães, no campo de São Mamede, D Afonso Henriques defendeu a independência e liberdade de um povo, O NOSSO POVO.

Hoje, em pleno 2024, cabe-nos lutar por uma cidade e por um país onde tenhamos a possibilidade de nos sentirmos realizados, onde possamos ser quem queremos, onde queremos, com quem queremos.
Cabe-nos lutar pelos valores de Abril, valores esses de todos e para todos. Porque Abril não é de esquerda nem de direita, é de todos nós.

E para que continue a ser de todos nós, é necessário lutar por Abril diariamente.
É para mim uma honra estar aqui, pertencer a Guimarães e um privilégio imenso ter a
oportunidade de servir esta causa.
Viva o 25 de Abril!
Viva Guimarães!
Viva Portugal!
Viva a Liberdade!