Monumento Nacional: Autoridades investigam destruição do Padrão de D. João I

O cruzeiro em pedra, agora destruído, celebra a entrada em Guimarães de D. João I, afim de cumprir o voto feito pela vitória na Batalha de Aljubarrota. O cruzeiro que apareceu tombado e partido em pedaços, apresenta numa das faces Cristo crucificado e, na outra, uma Senhora da Piedade.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Monumento do séc. XVI, o Padrão de D. João I, também referido como Padrão de Aljubarrota e Padrão de São Lázaro, foi parcialmente destruído na noite desta terça-feira,  dia 30 de julho.

O padrão, classificado como monumento nacional desde 1910, localiza-se ao fundo da rua D. João I, em Guimarães. Desconhecem-se, até ao momento, as circunstâncias que envolveram o incidente.

A Polícia Municipal e a Polícia de Segurança Pública estiveram no local na noite desta terça-feira a tomar conta da ocorrência, bem como Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães. Os pedaços do padrão foram recolhidos pelos serviços do município de Guimarães.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Rezam as crónicas que D. João I, descalço e rodeado pelo seu séquito, terá realizado uma romagem para cumprir o voto feito a Santa Maria de Guimarães, imagem venerada nas vésperas da contenda, em cuja Colegiada entregou parte de sua armadura de combate e alguns valiosos despojos tomados ao inimigo.

O Padrão, construído em calcário de ançã, ao estilo gótico flamejante, é constituído por um cruzeiro, abrigado sob um alpendre quadrangular, composto por um entablamento de estilo dórico, apoiado em quatro pilares de fustes lisos, erguidos sobre uma base a que dão acesso vários degraus. No topo do cruzeiro surgem também as conchas que associam o monumento às peregrinações a Santiago de Compostela.

© CMG

Segundo a informação disponível na Direção Geral do Património Cultural, o padrão do século XVI terá 1863 como o ano de construção.  A  29 de agosto de 1864 são concluídas obras na rua, que passa a chamar-se Rua D. João I e o monumento é deslocado da sua colocação inicial. De fevereiro de 1996 surge o registo de atos de vandalismo que destruíram a cruz e o baldaquino.

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