PRÉMIO “ SACUDIR ÁGUA DO CAPOTE”

ÂNGELA OLIVEIRA Advogada

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por ÂNGELA OLIVEIRA

Advogada

Estamos em Novembro de 2017, é já o terceiro orçamento que este governo apresenta e os meninos e meninas da geringonça continuam sem assumir responsabilidades de…basicamente coisa nenhuma.

O nosso Primeiro-Ministro segue um padrão de comportamento patológico. Eu diria que a frase “ a culpa é do anterior governo” já se colou a António Costa, como a barba e as camisas aos quadrados se colou à moda masculina, e uma como outra parecem ter vindo para ficar, foi assim com os impostos, com o Banif, com os incêndios (com o estudo para avaliação da imagem, António Costa atingiu níveis de lata até então só atingidos pelo companheiro Sócrates) …e quando pensávamos que não podia piorar…a culpa da realização do jantar no Panteão que tanto ofendeu o orgulho lusitano, adivinhem…foi do anterior governo.

E eis que António Costa, com direito a fato de licra e capa esvoaçante de Super Lateiro se lança, qual Trump, em voo picado no Twitter “Utilizar o Panteão para eventos festivos é altamente indigno” responsabilizando o anterior governo por um despacho que admite na generalidade eventos em monumentos sob gestão do Estado, escondendo que a legislação refere que podem ser rejeitados “os pedidos que colidam com a dignidade dos Monumentos”.

Chegados à discussão do Orçamento de Estado para 2018 (esclareça-se que é um documento apresentado pelo Governo e negociado com o BE e a CDU) …professores em greve!

António Costa, o Esquecido: “Os professores não vão ficar de fora do processo de descongelamento das carreiras. Os professores foram objeto de uma medida que compreendo que os revolte e que a considerem injusta quando há vários anos se parou o cronómetro que contava o tempo da sua carreira para efeitos de progressão”… E não é que “há vários anos” afinal é desde o Orçamento do Estado para 2011 — do governo socialista- onde se pode encontrar “o tempo de serviço prestado em 2011 pelo pessoal referido no n.º 1 não é contado para efeitos de promoção e progressão (…)?!

A Taça Descaramento só não é entregue imediatamente a António Costa na questão da progressão e promoção dos professores na carreira, porque comme d´habitude o PCP/CDU e o BE conseguem disputar na Liga com grande nível de profissionalismo e experiência.

Tentando passar por cima do facto de terem concorrido para a apresentação do documento do Orçamento de Estado para 2018, o BE e o PCP aparecem agora indignadíssimos, chocados!

Não podemos ignorar quem constrói a escola pública” dizia a coordenadora do BE, Catarina Martins, “não é aceitável ignorar a carreira dos professores”. E não podemos ignorar que a senhora, sendo atriz de carreira até vende bastante bem a banha da cobra. Por seu lado, o PCP, que acordou após o recado do eleitorado nas autárquicas, acha que “é inadmissível” e está muito preocupado com os docentes que “correm o risco de ver tempo de trabalho deitado fora.

Entretanto o Primeiro-Ministro veio comunicar que o “cronómetro” da carreira dos professores vai voltar a contar, mas que a reposição imediata e total custaria 650 milhões de euros!

As últimas notícias dão nota que os polícias e militares exigem progredir como os professores…Estamos no bom caminho, portanto. Vamos lá ouvir o BE e o PCP.

 

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