PCP questiona triagem telefónica para aceder às Urgências em Guimarães
Além de Guimarães, os comunistas questionaram ainda sobre a situação nos hospitais de Famalicão, de Braga e de Barcelos.
O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) dá conta que enviou ao Governo uma série de questões sobre a implementação daquilo que considera ser “mais uma barreira no acesso aos serviços de Urgência da população de Guimarães e dos concelhos abrangidos pelo serviço, nomeadamente Fafe, Cabeceiras, Celorico, Vizela e Mondim.
Recorde-se que, para evitar sobrecarga das Urgências com casos menos graves que podem ser resolvidos nos centros de sáude, o Serviço Nacional de Saúde lançou uma campanha nacional que visa um telefonema prévio para a Linha SNS 24, que fará a triagem e o encaminhamento necessário do utente, consoante o grau de gravidade.
Para os comunistas “o Governo opta por forçar os utentes a este procedimento, tornando uma ferramenta complementar num recurso obrigatório e exclusivo”. “São muitas as dúvidas sobre esta opção. Desde logo a possibilidade deste programa constituir um condicionamento e uma limitação no acesso a um bem constitucional garantido que é a saúde. Mas também o facto de procurar “tapar o sol com a peneira”, constituir uma forma de esconder as reais dificuldades existentes e de continuar a travar os investimentos necessários para o reforço da capacidade instalada nas urgências e nas unidades do Serviço Nacional de Saúde em geral”, refere o comunicado do PCP.
Diz o Grupo Parlamentar que tem recebido relatos de utentes que não conseguem acesso necessário ao SNS, “desde atribuição de médico de família, marcação de consultas, atendimento nas urgências, dificuldades no atendimento da linha SNS 24, entre outros”. “Esta medida acontece num contexto inquietante em que o Governo recusa adotar as soluções para reforçar a capacidade do SNS, prosseguindo uma opção de restrição na contratação de profissionais de saúde onde há carências, sem ter em conta as necessidades e as especificidades de cada serviço, o que tem levado ao estrangulamento destes serviços e colocado em causa a qualidade dos cuidados prestados à população, incluindo na Emergência Médica”, lê-se.
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