Emídio Guerreiro foi quem deu voz à reação do PSD local, que caracterizou como “ousadia” o PS promover uma conferência sobre o tema, “que é a maior desgraça dos últimos oito anos e meio da governação PS”. “Ao longo de anos, António Costa, primeiro Ministro, foi lançando vários programas, com vários milhares de milhões anunciados. Inclusive, recordo que, em 2018, prometeu aos portugueses, que por ocasião dos 50 anos do 25 de Abril, em 2024, não haveria ninguém, nenhum português, nenhuma família que não tivesse uma habitação digna”, chamando-lhe o “Programa 1º Direito, por ser um direito fundamental, o mais importante de todos. Todos sabemos que se passaram uns seis anos e nada aconteceu”, disse Emídio Guerreiro.

Disse que ainda que é “com espanto que o PSD de Guimarães vê que, de facto, há aqui uma política inconsistente e “inverdadeira” por parte do Partido Socialista de Guimarães, que, ao fim de 36 anos, quer agora afirmar Guimarães, sendo essa a expressão máxima do seu falhanço”.

Atenções centradas em Ricardo Costa, candidato do PS à Câmara nas Autárquicas deste ano: “O atual protagonista, que como todos se recordarão, foi sanado das listas do PS há quatro anos, depois de ter sido oito anos vereador, não deve ter acompanhado muito bem, nos últimos anos, aquilo que foi a política de habitação nacional e também local”, disse ainda.

Emídio Guerreiro recordou ainda o conjunto de soluções apresentadas pelo PSD, “que foram claramente sendo rejeitadas”. “Guimarães foi um dos concelhos prejudicados pelo falhanço da política de habitação dos governos socialistas”.

André Casalta, responsável da estrutura partidária pela área, por sua vez, lembrou algumas das propostas apresentadas ao nível local, pelos sociais democratas, nomeadamente “um Programa Municipal de Habitação que contemplava medidas para permitir aumentar o Parque Habitacional com rendas acessíveis, potenciava a construção de novos fogos, bem como a reabilitação do edificado existente, tendo em vista a habitação acessível para jovens e para famílias da classe média vimaranense (…) Todas estas propostas foram chumbadas pela maioria socialista, que as apelidou de precipitadas”. “Entre trapalhadas administrativas e concursos vazios, a Câmara continua sem ter adquirido uma única habitação, o PS Guimarães anda de desculpa em desculpa, de adiamento em adiamento, e casas, zero”.

Ricardo Araújo, candidato do PSD à Câmara Municipal de Guimarães, assistiu na plateia a esta conferência. Emídio Guerreiro, questionado sobre o motivo que leva o partido a não colocar o candidato como protagonista das declarações aos jornalistas, explicou que o PSD Guimarães se organiza por setores, “onde outros protagonistas vão assumindo, também para que os vimaranenses conheçam a equipa, que é importante”. “O dr. Ricardo Araújo é o rosto e é quem corporiza a candidatura, está na rua, com cartazes, já foi anunciado, aprovado pelos órgãos do partido. A partir daí, temos uma estratégia de intervenção, dando a conhecer os diferentes protagonistas, haverá surpresas muito interessantes também ao longo das próximas semanas”, respondeu.