“Não fomos surpreendidos, mas estávamos a surpreender. Podíamos ter marcado logo no início e fizemos uma primeira parte com muita personalidade. Conseguimos impor o nosso jogo, disputar a partida e até tivemos ocasiões em bola parada para inaugurar o marcador”, começou por dizer na sala de imprensa.

O técnico reconheceu o mérito do adversário no lance do primeiro golo, mas considerou injusta a vantagem encarnada ao intervalo: “O Benfica marcou numa grande jogada, mas foi uma vantagem injusta. Tivemos hipóteses claras, como as do Gustavo e do Nuno Santos. Fizemos o dobro dos remates, e o Trubin fez uma exibição monstruosa, impedindo que reentrássemos no jogo.”

Com o segundo golo dos encarnados, Freire admite que o jogo ficou praticamente decidido. “Depois do 2-0, tudo se tornou muito mais difícil. Não estou nada satisfeito com o resultado, mas há aspetos muito positivos: tivemos mais posse de bola, criámos mais oportunidades. Bastava uma bola nossa ter entrado para a história do jogo ser outra.”

O treinador realçou ainda a diferença de eficácia entre as duas equipas: “Cometemos erros que o Benfica soube aproveitar. Eles fizeram oito remates e marcaram três golos. Nós, com 17 remates, não conseguimos concretizar. Tivemos o nosso mérito em criar, mas não fomos eficazes.”

Por fim, lamentou também as limitações físicas que afetaram a sua equipa: “O Nélson e o Gustavo tiveram de sair com queixas físicas. Jogámos sempre no limite. Estou frustrado, sim, porque estivemos bem durante muito tempo e cometemos erros que custaram caro.”