A Universidade do Minho (UMinho) foi distinguida com uma nova Cátedra UNESCO em Geodiversidade e Geoconservação, em reconhecimento do seu papel pioneiro na investigação, formação e promoção deste campo emergente das Ciências da Terra.

Coordenada pelo professor catedrático José Brilha, da Escola de Ciências da UMinho, a cátedra irá dinamizar uma rede internacional de cooperação científica entre o Norte e o Sul global, capacitar gestores de áreas protegidas e sítios UNESCO, formar especialistas de pós-graduação, definir diretrizes e boas práticas, e ainda sensibilizar o público para a importância da geodiversidade — que abrange minerais, rochas, fósseis, solos e formas de relevo.

A cátedra envolve 12 parceiros internacionais, entre os quais dez universidades — das quais se destacam a Universidade de São Paulo, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Brasil), a Universidade Púnguè (Moçambique), a Universidade da Tasmânia (Austrália), e instituições de países como Marrocos, Colômbia, Chile, Uruguai, Camarões e Botswana. Participam ainda a ProGEO – Associação Internacional para a Conservação do Património Geológico e o Grupo de Especialistas em Património Geológico da WCPA-IUCN.

“A aprovação desta candidatura reconhece o trabalho desenvolvido nas últimas três décadas no Departamento e Centro de Ciências da Terra da UMinho”, destaca José Brilha. “Fomos dos primeiros a nível internacional a oferecer formação pós-graduada em património geológico e geoconservação. Em setembro, celebramos os 20 anos do nosso mestrado nesta área”.

Esta é a primeira Cátedra UNESCO sediada na Universidade do Minho, embora a instituição já integre outras, como a Cátedra de Estudos Globais (através do CECS) e a UNITWIN Saúde e Educação: Inovar para o Desenvolvimento Sustentável (via CIEC). Em Portugal, existem atualmente 23 Cátedras atribuídas pela UNESCO, distribuídas por 11 universidades e institutos politécnicos.