Guimarães celebra dois anos do reconhecimento de Couros como Património Mundial da UNESCO
As comemorações do segundo aniversário da inscrição da Zona de Couros na lista do Património Cultural da Humanidade da UNESCO, que decorrem entre 19 e 21 de setembro, arrancam esta sexta-feira com um programa diversificado de iniciativas culturais, científicas e comunitárias, espalhadas por vários espaços emblemáticos de Guimarães.

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O dia começa com a “Visita Memória”, dinamizada pelo Curtir Ciência, que terá lugar às 10h00, 11h00, 15h00 e 16h00, na Antiga Fábrica de Curtumes Âncora. O percurso, de entrada livre, dá a conhecer a preservação arquitetónica e a história da indústria de curtumes, num edifício do século XVII ainda marcado pelas estruturas originais, como tanques e lagaretas.
Às 19h00 será inaugurado o mural “MERGULHO”, da autoria de Luís Canário Rocha e Ana Duarte, na fachada do edifício da Universidade das Nações Unidas (UNU-EGOV), na Rua de Vila Flor. A obra, que combina pintura, escultura e instalação, inspira-se na antiga indústria de curtumes e dialoga com os elementos naturais de Couros.
A programação prossegue às 21h00, com a inauguração da exposição “Trânsitos”, de José Caldeira, Manuel Rodrigues e Patrícia Marinho Oliveira, na Alameda Contemporary Art Gallery. A mostra reúne três olhares distintos sobre a memória e o futuro de Couros, através da fotografia, ilustração e outros registos visuais.
A noite termina em ambiente festivo com o Percurso Co(u)ral, a partir das 22h00, em vários locais da cidade: Largo do Trovador: Coro En’Canto (Guimarães); Largo da Cidade: Coro de Ra, de Santiago de Compostela (22h20), e Centro Curtir Ciência: Vox International Choir, do Porto (22h40). No IDEGUI – Instituto de Design de Guimarães haverá um concerto conjunto dos três coros, às 23h00
Paralelamente, pode ser visitada a exposição “Couros e Peles nas coleções da Sociedade Martins Sarmento”, patente no átrio da instituição. A mostra, complementada por uma coleção de postais, apresenta peças do seu vasto acervo ligadas à transformação de peles, desde o pergaminho do Foral de Guimarães de D. Manuel I a artefactos do quotidiano dos séculos XVIII e XIX.