Bloco de Esquerda apresenta programa eleitoral com foco na habitação, mobilidade e justiça social

O Bloco de Esquerda apresentou o seu programa eleitoral para as eleições autárquicas de 12 de outubro de 2025, em que Joaquim Teixeira é candidato à Câmara Municipal de Guimarães e Francisca Sousa à Assembleia Municipal.

© Bloco de Esquerda

Sob o mote “Mais Bloco, Mais Guimarães”, a candidatura propõe uma agenda centrada na justiça social, na igualdade de oportunidades e na sustentabilidade ambiental, defendendo uma política local próxima e participativa.

Entre as prioridades destaca-se a habitação, com medidas para criar um Parque Municipal de Habitação a rendas acessíveis, reabilitar edifícios devolutos, limitar o excesso de alojamento local e promover cooperativas de habitação. O partido propõe ainda a construção de residências universitárias, para responder às dificuldades sentidas por jovens estudantes e famílias do concelho.

No campo da mobilidade, o Bloco defende o alargamento da gratuitidade dos transportes públicos para todos os residentes, a reorganização das linhas para servir melhor as freguesias periféricas e a criação de polos de transportes em todas as vilas. A proposta inclui também a pedonalização progressiva dos centros urbanos, a redução da velocidade para 30 km/h em zonas residenciais e escolares, bem como a criação de uma rede de ciclovias ligando vilas e cidade.

A ação climática ocupa igualmente lugar de destaque, com a meta de tornar Guimarães uma cidade neutra em carbono até 2030. O programa prevê ampliar áreas verdes, apostar em energias renováveis, combater a poluição dos rios Ave e Selho e reforçar a recolha seletiva. Para garantir participação cidadã, o Bloco propõe a criação de uma Assembleia da Cidadania para a Ação Climática.

Na área da solidariedade social, as medidas incluem um Fundo Municipal de Emergência, a criação de creches e lares gratuitos em freguesias vulneráveis e a promoção de atividades intergeracionais entre idosos e escolas. Já em matéria de igualdade, o programa prevê a criação de um Observatório Municipal de Bullying, gabinetes LGBTI+ em escolas e juntas de freguesia e políticas de acolhimento e integração de migrantes.

O Bloco defende ainda políticas para promover emprego digno, privilegiando apoios a micro e pequenas empresas com critérios de sustentabilidade e direitos laborais, bem como incentivos à contratação jovem e sénior. Na saúde, destacam-se propostas como o Plano Municipal de Saúde Mental, a distribuição gratuita de produtos de higiene menstrual, o reforço da maternidade do Hospital de Guimarães e a criação do “Cheque Bebé de Guimarães”, apoio financeiro atribuído a cada recém-nascido do concelho.

No que toca à cultura e educação, a candidatura compromete-se a descentralizar a programação cultural, apoiar coletividades locais, criar bolsas para jovens artistas e ligar cultura às escolas. Na educação, o Bloco propõe reforço de psicólogos e assistentes, transporte escolar nas zonas periféricas, investimento no ensino profissional e artístico, e um programa municipal de estágios para recém-licenciados.

O programa integra ainda medidas de bem-estar animal, como a criação da Provedoria do Animal, esterilização gratuita e uma rede de apoio veterinário descentralizada. Em termos de descentralização e democracia, o partido pretende aproximar os cidadãos das decisões políticas, através de um Portal da Transparência, descentralização de serviços camarários e maior envolvimento dos jovens na vida política.

Joaquim Teixeira e Francisca Sousa afirmam que este programa assenta na participação cidadã e no compromisso de “não deixar ninguém para trás”. “Guimarães merece mais. Mais justiça, mais igualdade, mais sustentabilidade”, defendem os candidatos bloquistas, sublinhando que a candidatura quer construir “um concelho solidário, inclusivo e preparado para o futuro”.

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