“O Sr. Presidente da Câmara ficou refém do Partido Socialista. Esta é mais uma prova da profunda divisão entre o PS da Câmara e o PS distrital”, afirmou, sublinhando que “é absolutamente inadmissível” que a revisão do PDM não tenha sido concluída, deixando o concelho “em suspenso” durante anos.

Para Ricardo Araújo, a proposta trabalhada pelo executivo socialista “não responde às necessidades do presente e do futuro de Guimarães”, nomeadamente no alargamento de terrenos para habitação e para a instalação industrial. “Mas tão grave quanto isso é esta divisão do Partido Socialista, que prejudica o concelho e prejudica os vimaranenses”, acrescentou.

O candidato criticou ainda o recuo do executivo municipal, depois de inicialmente ter fundamentado o interesse público em prosseguir com a discussão do PDM. “Numa segunda-feira o presidente da Câmara apresenta uma proposta de resolução fundamentada para justificar o interesse público em discutir o PDM, e na terça-feira, por influência da direção do PS, volta tudo atrás. Isto é uma vergonha e uma irresponsabilidade”, acusou.

Ricardo Araújo reiterou que a posição da coligação sempre foi clara: votar contra a proposta apresentada pelo PS por considerar que não serve os interesses do concelho. No entanto, defendeu que a votação deveria ter ocorrido em Assembleia Municipal, permitindo que cada força política assumisse a sua responsabilidade.

“O PS falhou redondamente com Guimarães. Falhou com o compromisso reiterado de concluir a revisão dentro deste mandato e falhou com os cidadãos. Devia pedir desculpa aos vimaranenses”, sublinhou.

Questionado sobre o futuro do processo, Araújo garantiu que, caso vença as eleições de 12 de outubro, a coligação Juntos por Guimarães avançará com uma nova revisão. “Vamos trabalhar rapidamente para introduzir as alterações necessárias de acordo com a nossa visão para o território e submetê-las à Câmara e à Assembleia Municipal”, afirmou.