A atuação do artista vimaranense Zé Amaro acrescentou o tom festivo a um encontro que, mais do que uma manifestação de campanha, procurou ser uma demonstração de força e confiança na vitória socialista nas eleições autárquicas de 12 de outubro.

Ricardo Costa: “Este é o tempo da coragem”

Ricardo Costa apresentou-se como o candidato da continuidade, mas também da renovação. Com Domingos Bragança e António Magalhães também em palco, afirmou-se “de corpo inteiro com os vimaranenses” e destacou que “ninguém faz nada sozinho”, agradecendo à sua equipa, aos candidatos às freguesias e à estrutura local do PS.

“As lideranças fazem-se com envolvimento. Quero agradecer a todos os homens e mulheres que são candidatos e que representam o PS em cada freguesia. É por vossa causa que hoje estamos todos aqui”, declarou.

O candidato aproveitou para destacar o papel da igualdade de género e da juventude na política socialista: “Temos mais de dois mil candidatos às assembleias de freguesia e cerca de 50% são mulheres. Isso mostra a nossa capacidade de atrair e envolver as mulheres na vida política. E aos jovens, digo: continuem a acreditar, porque Guimarães será uma terra de oportunidades.”

Num tom mais combativo, Ricardo Costa dirigiu críticas diretas à oposição local, acusando-a de “não ter ideias nem propostas concretas para o futuro de Guimarães”. “Quem assistiu ao debate, deste sábado, percebeu bem que o único adulto na sala tem rosto e nome, chama-se Ricardo Costa. O único que tem um plano para este concelho é o Partido Socialista”, afirmou, sob aplausos.

“São 36 anos de oposição que os deviam corar de vergonha. Foram incapazes de ter um plano, uma ideia, e limitaram-se a reagir ao que o PS faz. Peçam desculpa aos vimaranenses”, afirmou. 

Para Ricardo Costa, o contraste entre a governação socialista e a ausência de alternativas é claro: “Fomos Património Mundial em 2001, Capital Europeia da Cultura em 2012, Cidade Europeia do Desporto em 2013 e seremos, no próximo ano, Capital Verde Europeia. Duplicámos a área classificada de património mundial em 2023. Isto é obra socialista. Isto é visão.”

O candidato acrescentou que agora é “o momento de dar o próximo passo”: “Temos orgulho no que fizemos, mas é hora de modernizar e preparar o concelho para a próxima geração. Queremos melhor mobilidade, mais habitação, mais economia e indústria, mas também uma cidade boa para viver e investir.”

Unir, não dividir

Ricardo Costa fez questão de frisar o tom agregador da sua candidatura: “O que distingue o Partido Socialista é a capacidade de unir e não de dividir. Unir instituições, unir freguesias, unir empresas e pessoas. Guimarães só avança se todos remarmos para o mesmo lado.”

O candidato defendeu ainda uma política de proximidade, centrada nas pessoas e na coesão territorial: “A política não deve servir para dividir, mas para unir esforços em torno do futuro. O problema do outro é também o nosso problema. É assim que se constrói comunidade, é assim que se constrói Guimarães.”

Ricardo Costa recordou ainda que recusou um lugar como deputado na Assembleia da República para permanecer em Guimarães e dedicar-se por inteiro à sua terra: “Podia ser deputado e fazer telegestão do concelho a partir de Lisboa. Mas disse não. A favor de Guimarães, estou de corpo inteiro com os vimaranenses.”

O candidato terminou o seu discurso com uma mensagem de confiança e mobilização: “Este é o tempo da coragem, coragem para inovar, decidir e modernizar. No dia 12 de outubro, vamos todos votar, levar os amigos, reforçar a maioria absoluta e continuar a afirmar Guimarães”.

José Luís Carneiro: “Guimarães é uma inspiração para o país”

O secretário-geral do Partido Socialista, José Luís Carneiro, descreveu o encontro desta tarde com os socialistas como “uma demonstração de força e mobilização numa caminhada até à vitória”.

“É extraordinário ver a energia inspiradora que hoje aqui se encontra em Guimarães. É uma inspiração para todo o país e para todos os candidatos socialistas”, afirmou Carneiro, acrescentando que “no dia 12 de outubro, Ricardo Costa vai passar a presidir aos destinos da Câmara Municipal de Guimarães.”

O líder socialista recordou o legado de António Magalhães e Domingos Bragança, elogiando a transformação cultural e urbana da cidade nas últimas décadas. “Eles fizeram de Guimarães uma cidade europeia na cultura, do património e na sustentabilidade. Agora cabe a Ricardo Costa continuar esse caminho com ambição e inovação.”

José Luís Carneiro sublinhou a importância da mobilidade e da ligação ferroviária Guimarães–Braga, defendendo que é um fator essencial de coesão social e desenvolvimento económico. “É graças aos governos socialistas que avançou o TGV, que vai ligar Lisboa, Porto, Braga e Guimarães à Europa. Isso é visão, isso é progresso”, destacou.

O secretário-geral do PS encerrou com um apelo à participação eleitoral: “A República, que se celebra neste 5 de outubro, assenta nos valores da liberdade, igualdade e fraternidade. No próximo dia 12, afirmemos esses valores nas urnas, confiando Guimarães a quem acredita neles, em Ricardo Costa.”

Fernando Medina: “Guimarães será a luz do futuro no país”

O ex-ministro das Finanças e ex-presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, esteve também em Guimarães e destacou o legado socialista e o papel da cidade como referência de desenvolvimento cultural, urbano e ambiental.

“Devemos muito ao Presidente António Magalhães, o grande alvarengo da transformação da sociedade. Guimarães não guardou o título de Capital Europeia da Cultura numa gaveta, transformou-o num movimento de renovação e progresso”, afirmou.

Medina elogiou também Domingos Bragança, o atual presidente da Câmara, a quem agradeceu o trabalho feito: “Bragança foi capaz de continuar e inovar, estendendo a requalificação urbana e preparando Guimarães para ser Capital Verde da Europa. Obrigado, Bragança.”

Sobre Ricardo Costa, Fernando Medina foi categórico: “O Ricardo chega com experiência, trabalho feito e uma visão rara num autarca. Afirmar Guimarães não é um slogan, é uma síntese de futuro. Ele propõe uma economia baseada na inovação, na tecnologia, na educação e na ligação entre empresas e universidades.”

O ex-ministro traçou um paralelo entre a visão socialista e as políticas do Governo nacional, que criticou por “retrocesso laboral e ausência de estratégia de inovação”. “Enquanto o Governo fala em flexibilizar e precarizar, o PS fala em qualificar e inovar. A diferença é clara.”

Fernando Medina encerrou com uma mensagem pessoal dirigida ao candidato: “Ricardo, sei que enfrentas estas eleições com ansiedade, mas tudo vai valer a pena. Não há cargo mais bonito do que o de ser Presidente da Câmara. Trabalhar olhos nos olhos com cada cidadão é o maior privilégio. Força Ricardo! Força Guimarães! Força PS!”

Ricardo Costa apresentou-se esta tarde como o herdeiro do legado socialista de Magalhães e Bragança, mas com uma agenda de futuro, de modernização, união e inovação: “Temos uma história que nos orgulha. Agora é tempo de coragem, ambição e afirmação. Juntos, vamos afirmar Guimarães”, concluiu o candidato.