Os 20 Arautos de D. Afonso Henriques evocaram a Restauração da Independência em Guimarães

A evocação da Restauração da Independência de Portugal voltou a encher as ruas do Centro Histórico de Guimarães, numa cerimónia que decorreu na noite de domingo, 30 de novembro.

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A iniciativa, organizada pelo Grupo Cultural e Recreativo Os 20 Arautos de D. Afonso Henriques com o apoio do Município de Guimarães, reuniu dezenas de participantes num tributo simbólico ao 1.º de Dezembro de 1640. Ricardo Araújo, presidente da Câmara Municipal, marcou presença na cerimónia.

Fundado em 1926 por um grupo de jovens vimaranenses que procurava criar um espaço de convivência saudável, o atual Grupo Cultural e Recreativo Os 20 Arautos de D. Afonso Henriques tornou-se, ao longo de quase um século, uma referência no associativismo local. A associação destacou-se pela promoção da cultura e pela defesa da história e património de Guimarães, dinamizando projetos como biblioteca, escola de música e diversas iniciativas culturais.

A cerimónia deste domingo começou na sede da associação, na Rua Gravador Molarinho, com a receção aos participantes e o hastear das bandeiras. Seguiu-se o tradicional desfile evocativo, que percorreu várias artérias do Centro Histórico. Durante o percurso, os participantes entoaram o Hino da Restauração, num momento marcado pelo simbolismo patriótico e pelo espírito de homenagem.

O cortejo culminou perto da meia-noite, junto à estátua de D. Afonso Henriques, onde foi depositada uma coroa de flores. No mesmo local, o grupo Musiké interpretou os Hinos de Guimarães, da Restauração e de Portugal, reforçando o caráter solene da cerimónia. Seguiu-se o regresso à sede do Grupo, passando pelo Largo do Carmo, Rua de Santa Maria e Praça de Santiago.

Já de madrugada, por volta das 00h30, a celebração encerrou com uma ceia comunitária, reunindo todos os participantes num momento de convívio que reforçou o espírito coletivo da iniciativa.

A data, celebrada anualmente, relembra a revolta de 1 de dezembro de 1640, que pôs fim a 60 anos de domínio espanhol e conduziu à aclamação de D. João IV como rei de Portugal. Este movimento restaurador foi determinante para a reafirmação da soberania nacional e marcou um dos capítulos mais significativos da história portuguesa.

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