Chefe Margarida Carneiro assinala 100 anos de vida dedicados ao escutismo e à comunidade
Margarida da Silva Carneiro completa nesta sexta-feira, dia 5 de dezembro de 2025, um século de vida marcado pelo serviço, pela dedicação ao escutismo e pela participação ativa na comunidade de São João de Ponte. Nascida em 1925, em Santa Maria Adelaide, Vila Nova de Gaia, mudou-se ainda criança para Campelos, onde a família se fixou após o pai ter ingressado na então Companhia de Fiação e Tecidos de Guimarães.

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A sua ligação ao escutismo começou em abril de 1956, quando integrou a Alcateia 91 do Corpo Nacional de Escutas, atualmente parte do Agrupamento 307 de Ponte. A partir de 1957 e durante mais de três décadas, foi chefe da Alcateia 91, cargo que desempenhou até 1990. Paralelamente, assumiu responsabilidades no departamento das alcateias da Junta do Núcleo de Guimarães do CNE, o maior do país à época, contribuindo para a formação de novos agrupamentos e para o fortalecimento do movimento escutista na região.
A Chefe Margarida foi também uma das primeiras mulheres a concluir o Curso de Insígnia de Madeira, hoje equivalente ao CAP, integrando o primeiro grupo a realizar esta formação no Campo Escola de Fraião, em Braga. Após concluir o curso, colaborou com o diretor do campo, Manuel Faria, na dinamização de várias ações de formação. Participou ainda, no ano 2000, no Congresso do Escutismo Católico Português, em Lisboa.
O seu empenho estendeu-se à construção da sede do Agrupamento 307, onde trabalhou lado a lado com dirigentes e elementos do agrupamento. Antes de integrar o CNE, teve também um papel relevante no movimento de Ação Católica, através da Juventude Operária Católica Feminina (JOCF), da qual foi presidente durante vários anos.
Para além do escutismo, a sua participação na vida paroquial sempre foi intensa, mantendo ligação ao Coral Litúrgico da Capela de São José, ao Conselho Pastoral e Paroquial de São João de Ponte, onde continua a ser conselheira, e aos Cursos de Cristandade.
Ao longo de 100 anos, Margarida Carneiro deixou marca na formação de muitas crianças e jovens que passaram pela Alcateia 91, no apoio contínuo ao Agrupamento 307 e na partilha de experiência com várias gerações de chefes e dirigentes.
O seu exemplo permanece vivo e, mesmo com a idade avançada, continua a participar sempre que pode, juntando-se a crianças, jovens e dirigentes para lhes falar do escutismo, que descreve como “o grande amor da sua vida”, e para lembrar a importância da missão do maior movimento juvenil do mundo.
A Chefe Margarida é, para a comunidade de S. João de Ponte e para o movimento escutista, um testemunho de dedicação, serviço e inspiração.





