Ricardo Araújo apresenta Plano e Orçamento Municipal de 220 milhões de euros
O presidente da Câmara Municipal, Ricardo Araújo, apresentou esta sexta-feira, 5 de dezembro, a proposta de Plano e Orçamento Municipal para 2026, fixada em 220 milhões de euros, aproximandamente o mesmo que no ano anterior, sublinhando tratar-se de um documento “responsável, equilibrado e orientado para o investimento”. Segundo o autarca, este orçamento marca o início de um novo ciclo político no concelho e reflete compromissos assumidos com a população.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães
“É mais um exercício de responsabilidade política, mas é também um exercício de rigor técnico que apresentamos aos primeiramente e com quem estabelecemos o contrato social e os nossos compromissos. Acento disso em três pilares: a área social, a educação e a competitividade no território”, afirmou Ricardo Araújo, destacando que o orçamento visa consolidar a capacidade financeira do município sem comprometer o futuro.
De acordo com o presidente da Câmara, o documento prevê receitas correntes de 131 milhões de euros e receitas de capital de 88 milhões de euros. A despesa corrente ascende a 104 milhões, sendo 40 milhões destinados a pessoal, 6,5% para as freguesias, 12,3% para subsídios e 1,9% para outras despesas. “O dado mais relevante é que as receitas correntes superam as despesas correntes, gerando um saldo de cerca de 27 milhões de euros, que será totalmente canalizado para o reforço do investimento municipal”, explicou.
O investimento global previsto aproxima-se dos 131 milhões de euros, com destaque para obras financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e pelo PT 2030. Ricardo Araújo especificou que “o valor muito elevado de investimento que este orçamento comporta, de cerca de 65 milhões de euros, implica um fortíssimo compromisso das receitas próprias do orçamento municipal que serão cerca 50% desse valor, para complementar aquilo que é o financiamento do PRR”.
Entre os principais projetos estão investimentos nas áreas da saúde, educação, habitação e mobilidade. No âmbito da habitação, o município pretende avançar com 75 habitações ao abrigo do Programa de Primeiro Direito. Ricardo Araújo frisou que “a habitação é uma prioridade e, portanto, nós vamos mesmo querer avançar com esta primeira fase da aquisição e construção das 75 habitações que estavam previstas ao nível do Programa 1º Direito”. O município pretende também avançar com a compra de terrenos para a construção de habitação e para acolhimento industrial.
A intervenção social também estará reforçada, com investimento no aumento de vagas em creches através das instituições existentes e na criação de uma nova creche municipal. O autarca referiu ainda a importância de projetos de inovação e ciência, como a reabilitação da Fábrica do Arquinho para a Escola de Investigação Aeroespacial, e investimentos na residência de estudantes do AvePark e na Escola Hotel do IPCA.
O Plano e Orçamento Municipal de 2026 inclui ainda um enfoque na mobilidade e transporte público. Entre os projetos está a implementação do Metro-Bus, cuja execução depende da conclusão de estudos. “Os estudos ainda estão longe de estarem concluídos. A primeira parte, o estudo preliminar de traçado, já está feito, mas a segunda fase, o estudo prévio e de execução, ainda vai ser iniciado.
Só depois entraremos na fase da obra propriamente dita”, explicou Ricardo Araújo. Também nos transportes, o município quer melhorar o serviço de transporte público tornando o acesso ao mesmo mais simples, através de um passe único, quer aumentar o número de quilómetros da concessão e alargar horários. Ricardo Araújo, questionado pelos jornalistas sobre a gratuitidade do transporte público para os vimaranenses, prometida na campanha eleitoral, vincou que a Câmara Municipal trabalhará no sentido de vir a ser uma realidade “nos próximos anos”.
Na cultura e desporto, o orçamento contempla a celebração dos 900 anos da Batalha de S. Mamede, a manutenção de eventos culturais regulares e a recuperação da Noite Branca em Guimarães. A política desportiva do município prevê, entre outras medidas, a gratuitidade dos exames médicos para os atletas.
Do ponto de vista fiscal, o orçamento prevê a redução de alguns impostos municipais, numa tentativa de tornar o concelho “amigo do investimento e das famílias”. A redução da taxa de IMI de 0,33% para 0,32% e a diminuição de 0,25% do IRS. Até ao final do mandato há o compromisso de baixar dos atuais 5% para 4%.
O presidente da Câmara sublinhou que o orçamento é “sólido, responsável e muito direcionado para o investimento” e pretende dar início a um ciclo autárquico marcado pelo equilíbrio financeiro, pelo reforço das políticas sociais e pelo desenvolvimento económico do território. Entre as prioridades destacam-se a saúde, a educação, a mobilidade e a habitação, áreas em que o plano evidencia a visão política da autarquia para o próximo ano.
Ricardo Araújo concluiu a apresentação afirmando que o orçamento é um instrumento de concretização de compromissos com a população e um passo para enfrentar os desafios futuros de forma sustentável e orientada para o progresso do concelho.





