Cartas para o Pai Natal: Tradição celebra 40 anos e continua a inspirar milhares de crianças
A magia do Natal já se faz sentir nos CTT, onde começaram a chegar as primeiras cartas dirigidas ao Pai Natal. A iniciativa, que comemora 40 anos, transformou em tradição aquilo que nasceu da espontaneidade das crianças que, nos anos 80, escreviam mensagens ao Pai Natal e as deixavam nos marcos de correio, sem remetente nem selo.

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Em nota enviada às redações, os CTT lembram que, em 1985, decidiram começar a responder a todas essas cartas, criando uma operação especial nesta época do ano e assumindo o compromisso de manter vivo o encanto de um Natal que continua a passar também pelo correio. Desde então, a ação repete-se todos os anos e tem uma particularidade única: são as únicas cartas que podem circular em Portugal sem selo.
Para dar resposta a todas as mensagens, é criado um verdadeiro “escritório do Pai Natal”, que mobiliza uma equipa dedicada a tempo inteiro a ler as cartas e a preparar respostas personalizadas. O objetivo é garantir que cada criança recebe uma mensagem e sinta que o Pai Natal leu aquilo que escreveu, desde pedidos de brinquedos a desejos simples, como que toda a família esteja junta ou que alguém distante possa regressar pela quadra.
Os CTT esperam receber cerca de 170 mil cartas este ano. A maioria é endereçada ao “Pólo Norte” ou à “Lapónia”, mas também há criatividade extra, com destinatários como a “Terra do Frio”, o “Caminho das Estrelas” ou “A Fábrica dos Presentes”.
No entanto, para que o ciclo fique completo, é essencial que as cartas tragam a morada do remetente, para que a resposta possa regressar aos verdadeiros autores.
Além de manter viva a tradição associada ao Natal, esta iniciativa é, para muitas crianças, a primeira experiência de escrita de uma carta, preservando valores como a imaginação, o cuidado com a linguagem e o encanto de esperar pelo correio numa era cada vez mais digital, refere a empresa.
Quatro décadas depois, a operação continua a crescer e os CTT garantem que vão manter este compromisso “com muito orgulho”, renovando o espírito natalício numa das ações mais simbólicas e afetivas da época.





