UMA CIDADE ENGARRAFADA

ANA AMÉLIA GUIMARÃES Professora

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por ANA AMÉLIA GUIMARÃES
Professora

Um estudo da INRIX, organização norte-americana que estuda as condições do trânsito em diferentes cidades do mundo, mostra que Guimarães é a terceira cidade portuguesa onde quem utiliza os transportes rodoviários perde mais tempo em congestionamentos, logo atrás, respetivamente, de Porto e Lisboa.

Este estudo confirma aquilo que já sabíamos, pois aqui vivemos e vemos, claramente visto, o que se passa em termos rodoviários na cidade, já para não falar noutras zonas mais urbanas do concelho.

Esta realidade, para além de afetar objetivamente a qualidade de vida dos vimaranenses é, também, uma fonte de poluição e de desperdício, bem como contribui para atrofiar o desenvolvimento do tecido económico da cidade e do concelho.

O que é censurável, nesta questão, é a incapacidade da autarquia, que há décadas governa Guimarães com maioria absoluta, de resolver um problema básico (sem dúvida complexo, mas é para isso que existem técnicos e profissionais de planeamento) e estruturante para o sustentável desenvolvimento do concelho.

Mais grave e imperdoável é que esta situação, da falta de mobilidade rodoviária, é de todos conhecida e já foi profusamente denunciada pela oposição na Câmara, nomeadamente pelo então vereador da CDU, Torcato Ribeiro.

Que desculpas serão agora desenterradas para justificar esta medalha de bronze de pior cidade?

Que a cidade cresceu? E então as outras, não cresceram?

Que houve um acréscimo de visitantes e turistas? E então a autarquia e os seus serviços não são capazes de prever e planear em conformidade com o que é espectável?

Não há desculpa. Há incompetência.

Com a capital da cultura veio a hipótese de requalificação urbana da cidade. O  que a Câmara fez foi gastar dinheiro em cirurgia plástica, de gosto duvidoso, no Toural e no jardim da Alameda e acrescentar mais congestionamento rodoviário ao que já existia. Notável.

 Em 1910, por proposta de Clara Zetkin, foi proclamado o Dia Internacional da Mulher, a ser assinalado todos os anos e em todos os países visando dar força à organização e luta das trabalhadoras. Por direitos políticos, económicos e sociais.

Em Portugal, não obstante esta data ser proibida pelo fascismo, as alusões ao 8 de Março remontam aos anos 50 do século passado por iniciativa do PCP, partido ilegalizado pelo fascismo e que desenvolvia a sua atividade de forma clandestina.

Nos finais dos anos 60 e início dos anos 70 é o Movimento Democrático de Mulheres que comemora esta data, associada à luta antifascista, em defesa das liberdades e dos direitos para as mulheres.

Em 1975, o 8 de Março é pela primeira vez comemorado em liberdade e democracia. Passados 108 anos da proclamação do Dia Internacional da Mulher faz todo o sentido que as mulheres portuguesas o comemorem como o dia de afirmação da sua luta de todos os dias: pela igualdade no trabalho, na família, na vida social, política, cultural e desportiva, na defesa dos seus direitos específicos como expressão social e de uma conquista de toda a sociedade.

 

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