Os alunos da Escola Básica João de Meira estão em greve esta sexta-feira. O protesto surge em associação ao movimento internacional de defesa do ambiente. Até ao momento, esta é a única escola em Guimarães que está a manifestar-se.

Com o apoio da direção da escola, os alunos da João de Meira estão hoje sem aulas e fazem parte do protesto organizado a nível mundial em que os jovens se unem na luta pela defesa do ambiente e contra as alterações climáticas. “É greve porque há um movimento começado pela Greta Thunberg, uma menina sueca, que iniciou uma greve às aulas por questões climáticas, cujo slogan é ‘Salvem o Planeta’. A nível universal foi determinado que este era o dia de greve”, começou por explicar Manuela Ferreira, diretora do estabelecimento de ensino.

Por considerar que os jovens devem ser participativos e ter uma voz ativa na sociedade, Manuela Ferreira colocou-se ao lado dos alunos nesta iniciativa. “Eu acho que é muito bom que os alunos saibam manifestar-se e a escola tem um papel muito importante a fazer nessa área. Faz parte dos objetivos das escolas formar cidadãos participativos”, assumiu.

Margarida Moura, presidente da Associação de Estudantes, revelou que o protesto não foi planeado com antecedência, acrescentando que a colaboração dos professores acabou por ser importante para agregar os alunos. “Se não fizermos nada depois não vamos ter um mundo melhor e esta greve é aprovada pela ONU. Aqui, logo de manhã, grande parte dos alunos não entrou nas salas e depois foi mesmo a diretora que disse que, caso quiséssemos fazer alguma coisa, podíamos fazer. Então fomo-nos juntando. A nível da Associação de Estudantes já tínhamos falado, mas não com a escola inteira, isso surgiu hoje”, afirmou Margarida Moura.

A presidente da Associação de Estudantes lamenta apenas que o protesto tenha de ficar dentro da escola. “Acho que está a correr bem, mas poderia correr melhor se pudéssemos sair e manifestarmos-nos também fora da escola”, concluiu.