Hoje assinala-se o aniversário do Engenheiro Hélder Rocha
Hoje, 15 de novembro, assinala-se o aniversário natalício do Engenheiro Hélder Rocha, uma figura destacada da sociedade vimaranense do século XX. Se fosse vivo, completaria 104 anos de idade.

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Hoje, 15 de novembro, assinala-se o aniversário natalício do Engenheiro Hélder Rocha, uma figura destacada da sociedade vimaranense do século XX. Se fosse vivo, completaria 104 anos de idade.

“Perde-se nas brumas do tempo a origem das nossas Festas”, pode ler-se numa publicação do Facebook das Nicolinas. Já há muito tempo que se alimentavam estas festas, desde o Dízimo de Urgezes (entregue a 6 de dezembro, dia de São Nicolau), “e que correram perigo quando os dízimos foram extintos, na década de ‘30 do século XIX”.
Trinta e nove antepassados, no seguimento de uma derrota em tribunal contra a Colegiada da Oliveira, fundaram e aprovaram os estatutos da Associação Escolástica Vimaranense, a 23 de novembro de 1837, com o fim de ““promover a continuação, aumento e luzimento dos festejos do dia 6 de Dezembro, e pugnar por todos os foros e regalias que os Estudantes desta Vila desfrutam, desde tempo imemorial”.
Essa carta fundadora continha, também, o chamado “foro escolástico”, distinguido entre estudantes e aqueles que (já) não o seriam.
Durante o que se seguiu do século XIX, as Festas Nicolinas foram sendo realizadas com alguma intermitência, até que, à entrada para os últimos 20 anos desse século, pareciam extintas, apesar de algumas tentativas revivalistas sem grande resultado.
A 21 de novembro de 1895, a Academia Vimaranense reuniu-se no Teatro Dom Afonso Henriques. Depois de um interregno que se julgava definitivo, as festas dos estudantes a São Nicolau ressurgiram “com grande fulgor”.
Foram vários os nomes determinantes para este “renovado fulgor”, e são eles o Padre Gaspar Roriz, José Luís de Pina, Bráulio Caldas e Jerónimo Sampaio.
Em 1896, começa a funcionar o Liceu, e as Festas acabam “por ser apropriadas pelos seus estudantes”. É a partir deste momento que se “estabelecerá a relação entre estes jovens e uma figura que ajudarão a santificar: a Senhora Aninhas, Madrinha dos Estudantes”.
No início do século XX, João de Meira, antigo aluno do Colégio de São Dâmaso (hoje Pousada da Costa), cunhou, no Pregão de 1904 por si escrito, o nome que hoje lhe chamam: Nicolinas.
Com a implantação da República “à qual sobreviveram, assim como à extinção do curso complementar dos Liceus, que andou longe de Guimarães durante 30 anos (1928-1958)”. Nesta altura, seriam os estudantes que hoje chamamos do 3º ciclo, entre quais Hélder Rocha, pregoeiro em 1935 e 1936, “a assegurar a sua realização”.
Ao longo do tempo as Nicolinas “adaptaram-se às mudanças e às convulsões sociais, como por altura do 25 de abril de 1974 e tudo o que se lhe seguiu”.
As Festas Nicolinas chegam aos nossos dias “mantendo o formato criado por aqueles valentes de 1895”.
É de realçar que até à data, o Engenheiro Hélder Rocha é o único Nicolino-Mor.