Plano de Recuperação e Resiliência: via do Avepark contemplada, metro de superfície fica de fora

A componente "transição climática", que concentra 21% do apoio.

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O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) está sob consulta pública. O documento contém as opções em termos de reformas estruturais que o Governo acha necessária para sair da crise, após a pandemia. O plano contempla a via do Avepark, mas não faz menção à ligação a Braga por metro de superfície ou metrobus.

O PRR beneficia de um envelope financeiro total de 16.643 milhões de euros, composto por 13.944 milhões de euros em subvenções e por 2.699 milhões de euros em empréstimos. O investimento está centrado em três grandes áreas temáticas: resiliência, transição climática e transição digital. Cada uma delas é composta por diversas componentes, subdivididas em reformas que, por sua vez, são consubstanciadas através de projetos. 

O PPR está alinhado com os Seis Pilares Relevantes da política da UE: transição verde; transformação digital; crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, incluindo coesão económica, emprego, produtividade, competitividade, investigação, desenvolvimento e inovação, e um
mercado único em bom funcionamento com pequenas e médias empresas (PME) fortes; coesão social e territorial; saúde e resiliência económica, social e institucional, inclusive com vista ao aumento da
capacidade de reação e preparação para crises; e, políticas para a próxima geração, crianças e jovens, incluindo educação e qualificações.

É na dimensão “resiliência”, na componente “infraestrutura” (dotada de 833 milhões de euros) que se encontra referenciada a ligação ao Avepark. Esta dimensão concentra 61% do montante de subvenções do PRR.

“Para alavancar o investimento já efetuado nas Áreas de Acolhimento Empresarial, é imprescindível concluir um conjunto de acessibilidades rodoviárias, constituindo o suporte mais adequado para garantir a entrada e saída de mercadorias de forma eficiente e económica”, lê-se no documento.

No que toca à componente “transição climática”, que concentra 21% do montante de apoio a Portugal no âmbito do Instrumento de Recuperação e Resiliência, na componente “mobilidade sustentável” estão referenciados vários investimentos que foram apresentados no Plano Nacional de Investimentos 2030. É o caso da expansão da rede de metro de Lisboa (304 milhões de euros), a expansão da rede de metro do Porto (299 milhões de euros), o metro ligeiro Odivelas-Loures (250 milhões de euros) e a linha BRT (Bus Rapid Transit), para ligação da praça do Império à praça Mouzinho de Albuquerque em metrobus.

Ligação a Braga em metro de superfície ou metrobus não está contemplada no PPR

A ligação entre Guimarães e Braga em metrobus, apesar de também ter sido apresentada como parte da “Promoção de Soluções Inovadoras e inteligentes de modalidade urbana”, ao contrário dos projetos anteriormente referenciados não é mencionada no PPR.

A dimensão “transição climática” do PPR tem 96 milhões de euros para apoiar a aquisição de frotas de transportes públicos limpos e a instalação dos respetivos postos de carregamento/abastecimento.

Guimarães poderá ainda beneficiar, de forma indireta, dos apoios ao abrigo desta dimensão do PPR, através da aquisição de autocarros elétricos pela nova concessionária do serviço de transporte público de passageiros.

Recentemente o CEO da Vale do Ave, Fernando Salgado, fez saber que os 23 autocarros para a concessão de transportes de Guimarães são esperados para novembro deste ano e que foram adquiridos sem recurso a nenhum apoio, uma vez que as candidaturas não estavam abertas. Com um investimento inicial de 13 milhões de euros a que se juntam mais dois milhões ao longo dos dez anos da concessão, Fernando Salgado revelou muita expetativa nos quadros comunitários de apoio que possam vir a abrir nesta área.

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