Bruno Fernandes: “Temos de saber virar a página, dar uma oportunidade a esta equipa”
O candidato quer colocar "no centro da ação do município as pessoas e a resolução dos seus problemas".
O candidato da coligação Juntos por Guimarães (PSD-CDS) apresentou esta segunda-feira, dia 26, a lista de candidatos à Câmara Municipal nas eleições autárquicas agendadas para 26 de setembro. No próximo sábado, dia 31, será apresentada a lista da coligação à Assembleia Municipal.
Na lista, apresentada nos jardins do Museu Alberto Sampaio, há alterações significativas relativamente à exibida pela coligação em 2017, com a subida de posição de Ricardo Araújo, que passa a número dois, lugar ocupado anteriormente por Monteiro de Castro, do CDS, que não integra a nova lista à Câmara.
O primeiro nome dos democratas cristãos é agora Vânia Dias da Silva, seguindo-se Hugo Ribeiro (PSD), depois Emília Lemos e, em sexto lugar, Eduardo Fernandes, atual presidente da Juventude Social Democrata de Guimarães.
André Coelho Lima e Helena Soeiro, que integravam a lista em 2017, em primeiro e terceiro lugares, respetivamente, e tal como esperado, não estão na lista para estas eleições.
A lista da coligação agora apresentada é ainda composta por Maria Pedro Marques, João Vicente Salgado, Natália Fernandes, Miguel Sousa, José Manuel Costa, Joana Martins, João Ribeiro, Rodrigo Oliveira e Conceição Marques.
Na apresentação da lista à câmara, Bruno Fernandes destacou o facto de esta representar “vários territórios, várias sensibilidades” considerando-a uma “lista capaz, determinada e muito motivada, para fazer diferente no nosso concelho, na gestão do nosso município”.
Falando sobre as motivações do executivo que se propõe liderar, o candidato afirmou terem “a convicção de que não podemos ficar em casa, ignorando que é preciso trazer esta nova energia” à gestão da Câmara Municipal. “O que nos motiva é resolver os problemas dos vimaranenses, é servir a nossa terra através do município, relançando o seu desenvolvimento, acrescentando uma nova página”.
O candidato afirmou terem “respeito pelo passado”, mas acima de tudo, uma “convicção profunda de que é possível fazer mais e melhor. É possível fazer este concelho voltar a crescer, que tenha a preponderância que teve no passado, e num passado recente”.
Destacando a questão da demografia, da perda de população do concelho nos últimos anos, Bruno Fernandes considerou ser “basilar e sintomático da avaliação que fazemos dos últimos anos de governação do nosso município. Se estamos a perder população, comparativamente com os concelhos vizinhos, algo está mal na gestão do nosso município”, acrescentou.
Áreas prioritárias
No seu discurso, o candidato identificou cinco áreas prioritárias, e em que a coligação “já a partir da tomada de posse no mês de outubro” pretende intervir: Habitação; Intervenção Social; Economia; Mobilidade e Desenvolvimento Sustentável.
Habitação
Bruno Fernandes considera ser “uma lacuna tremenda que tem contribuído para a diminuição da população”. O candidato referiu que “as nossas famílias não podem escolher outros concelhos em detrimento de Guimarães”, por não existir oferta de habitação “a preços justos”, e que o município tem de ser “interventivo esta área” para Guimarães ganhar a “capacidade de atrair novos residentes”.
Intervenção Social
Bruno Fernandes acentua a necessidade de intervenção do município nos problemas relacionados com a infância e a terceira idade. “Não há creches para os nossos filhos”, disse o candidato, questionando “como é possível não termos uma estratégia clara para vagas nas creches do nosso concelho? Quando à terceira idade, disse também que a coligação estabelecerá, “de imediato, parcerias com as IPSS e as juntas da freguesia para o aumento da oferta” nos lares de idosos.
Economia
Neste ponto, o candidato deixou duras críticas à governação socialista, apontando o recente caso da AMF Shoes que pretende instalar uma nova fábrica numa área central de Urgezes, para deixar um “compromisso de honra”: “Este executivo não vai votar nunca um projeto de relevante interesse público para meter uma fábrica no meio de uma freguesia”. Bruno Fernandes disse também ser necessária a criação de parques industriais com a capacidade de atrair novas empresas e investimento internacional: “Vemos multinacionais a instalarem-se em Famalicão, Braga ou Santo Tirso”, acrescentou o social-democrata. O candidato disse ainda que Guimarães será “um concelho amigo do investimento e do investidor”.
Mobilidade
“Nenhum concelho que quer crescer o pode almejar sem ter uma rede de acessibilidades e transportes públicos eficazes”, clarificou Bruno Fernandes. “Quinze anos depois de termos um problema que era o desnivelamento do nó de Silvares, e três milhões e meio depois desses quinze anos, este executivo não foi capaz de resolver definitivamente o problema”, e esta é “uma marca” do executivo. Quanto aos transportes públicos referiu ainda não haver autocarros “porque não houve investimento nesta área”.
Desenvolvimento sustentável
Como última das cinco prioridades, Bruno Fernandes apontou a sustentabilidade ambiental, garantindo que, “toda a ação do município terá por base uma preocupação com o meio ambiente”. Adiantou ainda que “temos um concelho com vários rios com um património natural extraordinário, um património que temos de valorizar”.
No final da sua intervenção, e perante os militantes dos partidos que constituem a coligação, e alguns apoiantes, Bruno Fernandes disse ser necessário mostrar aos vimaranenses que “há outra forma de governar o nosso município, que somos capazes de introduzir novas ideias, novas formas de governar, uma governação mais inteligente, mais virada para o futuro do que para o passado”.
O candidato da coligação JpG terminou dizendo que “temos de colocar no centro da ação do município as pessoas e a resolução dos seus problemas”.
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