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A Covid-19 não foi de férias

Por Eliseu Sampaio.

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Por Eliseu Sampaio. Está confirmado o cenário de aumento gradual de casos de Covid-19 na nossa região na última semana. Aumentaram em Guimarães, embora de forma não muito expressiva, e damos conta disso nesta edição do jornal, mas aumentaram muito nas localidades mais frequentadas pelos vimaranenses neste período de férias e de banhos de verão: Póvoa de Varzim e Vila do Conde.

Na segunda-feira, com a atualização dos dados da DGS, que pecam sempre por defeito, foram apresentados mais 90 infetados no território vilacondense e poveiro, se juntarmos estas duas terras. Frequentar estas duas localidades tornou-se, neste momento, um risco elevado.

Para Novais de Carvalho, diretor do ACES do Alto Ave, a principal preocupação é, no entanto, a chegada dos emigrantes e os habituais convívios de família. Convém não esquecermos que estamos em período de pandemia, prevenirmo-nos convenientemente seguindo as recomendações da CGS, e percebermos que esta doença ainda irá trazer-nos imensas dores de cabeça. Serão sempre proporcionalmente menores quanto maiores forem os nossos cuidados.

Para além de uma grande preocupação com a Covid-19, temos de conseguir ajudar, com o nosso bom comportamento, os serviços de saúde a recuperarem o imenso tempo perdido. A recuperarem as menos três milhões de consultas nos cuidados primários, as menos 900 mil consultas nos hospitais, as menos 900 mil cirurgias e a redução de 44% no acesso às urgências dos nossos hospitais, tudo isto apenas entre março e maio deste ano, segundo os dados apresentados pela Ordem dos Médicos. Devemos também juntar a estes números os milhares de exames de diagnóstico que ficaram por realizar.

É imperativo que se recuperem os atrasos para que os portugueses não sofram mais com a paragem do SNS devido à pandemia. Em julho, a mortalidade no nosso país atingiu o valor mais alto num mês nos últimos 12 anos: morreram 10390 pessoas, e “apenas” 159 por Covid-19, o que significa que este excesso de mortalidade se deve aos doentes não-covid que ficaram para trás.

Cada um de nós pode contribuir, como desejar, para melhorar ou piorar a situação atual. Colheremos os frutos coletivamente, dos comportamentos singulares nestas invulgares férias de verão.

A equipa do Mais Guimarães deseja-lhe umas boas férias, com saúde.

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