À DÉCIMA “CEIA”, O GUIDANCE CONJUGA-SE NO FEMININO
Programa foi apresentado esta terça-feira.
Programação do festival de dança contemporânea, que regressa entre 06 e 16 de fevereiro próximo, tem como “fio condutor” a “vibração feminina”. Bilhetes custarão, no máximo, 10 euros.
Em “The First Supper” (“A Primeira Ceia”, em português), de Susan Dorothea White, há 13 mulheres de diferentes etnias e religiões à mesa. Akram Khan, bailarino e coreógrafo que também estará presente no festival, mostrou “The First Supper” a Rui Torrinha, diretor artístico do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), e aí começou a ser tecido “o fio condutor” da 10.ª edição do GUIdance: a “vibração feminina” — que preenche a programação através de estreias e de regressos na edição que se estende entre 06 e 16 de fevereiro próximo.
É que este ano, no festival que faz valer a dança contemporânea por cá, o regresso de coreógrafas “que assinaram momentos fundamentais na história do GUIdance” é, também, a validação e o “reafirmar” do legado que o certame tem vindo a construir ao longo de quase uma década. Um desses exemplos é Vera Mantero, a coreógrafa em destaque nesta edição, que tem uma “forte relação” com Guimarães. Para Rui Torrinha, o destaque do 10.º Guidance “é o símbolo da eterna juventude” e uma coreógrafa “no pico de ebulição”. E será possível fazer das palavras realidade por duas vezes: primeiro, com “Esplendor e Dismorfia”, que conta ainda com Jonathan Uliel Saldanha, uma estreia nacional marcada para o dia 07 de fevereiro. Depois, a 12 de fevereiro, Vera Mantero regressa ao CCVF com “Os serrenhos do caldeirão, exercícios em Antropologia Ficcional”, uma criação de 2012.
As estreias continuam a ser uma aposta no GUIdance, cujo programa contempla duas estreias absolutas — “Rite of Decay”, de Joana Castro (dia 08), e “Dias Contados”, de Elisabete Francisca (dia 15), ambas na blackbox do CIAJG — e quatro estreias nacionais. Entre as últimas, destaque para o regresso de Akram Khan com “Outwitting the Devil” no dia 08 e para a estreia no GUIdance de Maria Chouinard. A bailarina e coreógrafa canadiana traz “The Rite of Spring” e “Henri Michaux: Mouvements” a Guimarães, no dia 15, quase a fechar o festival.
A dança final faz-se no dia 16 com “Des Gests Blancs”, um espetáculo para famílias que explora as dinâmicas da relação entre pai e filho, ancorado na vertente da mediação e da educação cultural que A Oficina continua a reforçar. Segundo Fátima Alçada, da direção artística desses dois polos dentro da cooperativa cultural, apenas se deu “continuidade a uma série de boas práticas que já estavam instituídas” no campo da mediação no festival; ainda assim, “o foco no último fim de semana” do GUIdance há, para além de “Des Gests Blancs”, a “Caixa para guardar o vazio”, escultura “habitada por dois bailarinos”.
Para Adelina Paula Pinto, vereadora da Câmara Municipal de Guimarães com a pasta da Cultura, o GUIdance é mais um exemplo do trabalho e da aposta da cooperativa “em prol da cidade”, sendo o festival uma oportunidade para “deixar no território o know-how e capacidade”.
Os bilhetes para todos os espetáculos do GUIDance variam, mas não ultrapassam os 10 euros, numa abordagem que facilitará a “acessibilidade” do público ao festival. Há ainda vouchers relativos ao GUIDance à venda no CCVF.
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