A oficina apresentou, na manhã desta segunda-feira, dia 05 de setembro, os destaques da programação cultural e artística para os próximos quatro. O programa revelou alguns regressos e novidades.

O diretor executivo da A Oficina, Hugo Freitas, afirmou, na Conferência de Imprensa, que Guimarães “pretende ser o epicentro, pelo menos de Portugal, da arte e cultura, e julgo que temos sido nos últimos anos”, acrescentando que “é o melhor e maior projeto de artes e cultura em Portugal, que junta artes performativas e património”. O diretor aponta que A Oficina pretende apostar “com audácia” em artistas de novas tendências.

Como organização de um projeto, Hugo Freitas apontou que A Oficina “tem a missão da criação de jovens talentos em Portugal. Os talentos do país podem trabalhar em Guimarães e crescer e é um orgulho que isso aconteça em Guimarães”, acrescentou.

O diretor artístico do CCVF, Rui Torrinha, realça que este “é um projeto de banda larga e dos mais completos”, que arranca já este fim de semana com o Manta de regresso à cidade-berço. “A cidade está a mudar e quisemos refletir isso no evento”, disse. Além disso, Rui Torrinha enaltece a projeção da A Oficina para o panorama internacional, nomeademente por um projeto em que a organização cultural estará representada em Rijeka, na Croácia.

Um dos destaques da programação agora apresentada é o ensino da Unidade Curricular “Práticas Artísticas Contemporâneas”, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães e Palácio Vila Flor (CIAJG). A Unidade Curricular será lecionada por Ângela Berlinde e insere-se no projeto “Triangular”. Os alunos da Universidade do Minho vão “explorar semanalmente os ecossistemas do museu e da cidade”. Esta Unidade Curricular inicia já no dia 13 de setembro.

Na programação d`A Oficina, o destaque vai também para um trabalho que seré desenvolvido com a população imigrante em Guimarães, onde várias pessoas, de nacionalidades diferentes, são convidadas a discutir narrativas pessoais, histórias de viagem e de vida. O trabalho junta algumas surpresas, como a presença de vários artistas chilenos.

Para o último quadrimestre deste ano, Francisco Neves destacou ainda a importância da “inclusão e democratização da cultura”, através de espetáculos organizados juntamente com associações de surdos de Guimarães e de Matosinhos, que serão acompanhados por língua gestual.

A programação apresenta também momentos já consagrados, como o Guimarães Jazz, que decorrerá de 09 a 18 de novembro, este ano com uma especial atenção ao Jazz de Nova-Iorque e às tendências experimentais.

Os “Encontros de Dramaturgia” promoverão o encontro de escritores e dramaturgos no espaço Oficina, e serão dividos em duas edições: Primeiro, Patrícia Portela vai trabalhar um texto com os participantes e, na segunda edição, Rui Pina Coelho realizará um trabalho sobre a utopia e transformação do mundo.

Já no âmbito dos “Laboratórios de Verão”, Guimarães vai acolher os projetos de Bárbara Fonte, Lucas Carneiro, Manuel Costa, Cláudia Cibrão e Guache, no dia 30 de setembro. Estes artistas trabalham com a media arte e com a pesquisa. No mesmo dia, a Plataforma das Artes recebe a DJ Chima Isaaro, que mistura vários géneros musicais nas suas atuações.

A programação é ainda marcada pelo regresso das Oficinas do Teatro Oficina (OTO), que pretendem dar continuidade à formação artística e teatral realizada ao longo dos anos. As OTO realizam-se entre outubro e maio de 2024 e dividem-se em três turmas, consoante as idades: nível 1 (8-12 anos); nível 2 (13 a 17 anos); nível 3 (+18 anos).

Na Casa da Memória, também sob a alçaca da régie-cooperativa municipal responsável pela programação cultural no concelho, de 15 de setembro a 07 de outubro, haverá um curso de bordados de Guimarães. O espaço oferece a oportunidade de todos os interessados revitalizarem esta tradição vimaranense. No mesmo local, o projeto “Colóquios Simples”, no dia 13 de outubro, às 21h00, vai centrar-se no aniversário de Alberto Sampaio e nos arquivos que a sua família ofereceu ao município.