A SPAG APELOU, OS CONTRIBUTOS CHEGARAM — MAS AINDA HÁ DÍVIDAS POR SALDAR

Associação vimaranense publicou “desabafo” na sua página do Facebook. Após o apelo, o número de sócios cresceu e houve mais contributos.

CAOBARRA

Associação vimaranense publicou “desabafo” na sua página do Facebook. Segundo uma voluntária da SPAG, há uma dívida de 6 mil euros por pagar em clínicas veterinárias. Após o apelo, o número de sócios cresceu e houve mais contributos.

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“Hoje não aguentamos. Hoje temos de desabafar.” Estas são as primeiras frases de uma publicação do Facebook da Sociedade Protetora dos Animais de Guimarães (SPAG), que lançou um apelo em forma de desabafo na passa sexta-feira. No texto partilhado, lê-se que o dinheiro vem “essencialmente das cotas dos sócios” que, no caso da SPAG, seriam, na altura, 150 — com uma contribuição anual de 15 euros para a associação. Dois dias depois, a SPAG publicou um comentário em forma de atualização: “O desabafo, cru, real, um espelho do que nos passava pela cabeça naquele momento, gerou uma onda de solidariedade que nos deixou completamente desprevenidos.”

“Graças a este apelo passamos a mensagem que pretendíamos e que é real: precisamos de ajuda para ajudar. Temos mais pedidos de ajuda do que apoio e é preciso perceber que não conseguimos fazer tudo sozinhos”, diz Rosário Pereira, voluntária da SPAG “nos tempos livres”. E tempos livres serão todos aqueles após o horário laboral, os fins de semana e os feriados: o tempo que sobra — o dela e dos restantes voluntários — é pelos animais. Ao todo, são “cerca de 10 pessoas” a trabalhar em prol da SPAG.

“Graças ao apelo, conseguimos ter mais 25 sócios, mas ainda é pouco”, reconhece. É que os cuidados de cada animal resgatado “custam, no mínimo, o triplo, tendo em conta que é um animal que não vem saudável”, explica. Ainda assim, Rosário diz que a SPAG ficou surpreendida pela generosidade das pessoas: “Acho que abriram o coração. Trabalhamos imenso pela causa e as pessoas mostraram-se solidárias.”

Neste momento, a SPAG tem uma dívida de 6 mil euros com duas clínicas veterinárias que cooperam com a associação. Vão pagando quando podem, fazem esforços e organizam eventos para angariar dinheiro para pagar os cuidados aos animais resgatados das ruas do concelho de Guimarães. E, em média, são dois os animais resgatados por mês pela associação vimaranense. “Não ficam todos connosco no imediato, conseguimos famílias de acolhimento temporário. A família de acolhimento temporário não arca com as despesas, apenas cede o espaço”, aponta Rosário. Quando o animal não fica temporariamente albergado, a SPAG fica dependente do Centro de Recolha Oficial (CRO) de Guimarães. “Nós não temos um espaço físico para pôr os animais. Não há uma ‘quinta’ ou um ‘abrigo’ como algumas pessoas estão convencidas. (…) Trabalhamos com o canil e estamos completamente dependentes do número de vagas que lá há”, lê-se na publicação partilhada no domingo passado.

Segundo a voluntária, a SPAG recebe, por dia, “cerca de oito telefonemas” aos quais não se consegue dar o atendimento desejado — tanto pelos poucos voluntários da SPAG como pela lotação do CRO, que está esgotada. Recorde-se que, de acordo com a informação reunida pelo Mais Guimarães para o artigo “Canil e gatil de Guimarães: o que dizem os dados de 2018 e 2019?”, da edição 209, existem 50 boxes para cães no CRO; em cada uma cabe um cão, sendo que existem mais de 100 no canil.

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