Abrandamento económico reflete-se no setor do Têxtil e Vestuário
“Estamos seguramente a exportar menos por mais valor. Facto que se deve à inflação que se regista na maioria dos mercados e que tem impacto ao longo de toda a cadeia de valor e fornecimento”, adianta Mário Jorge Machado.
Em fevereiro de 2023, as exportações de têxteis e vestuário registaram uma quebra de 3% em valor e de 12% em quantidade, indica o relatório da ATP – Associação Têxtil de Portugal, tornado público nesta sexta-feira, dia 21.
De uma forma generalizada, indica a ATP, a quebra regista-se em quase todas as categorias de produtos, com exceção dos tecidos de malha (que registaram um aumento de 17% em valor e 33% em quantidade) e do vestuário em tecido (aumentou 15% em valor e 5% em quantidade).
A quebra sofrida pelos têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados foi de -16% em valor e de -14% em quantidade, pode também ler-se, e nas matérias têxteis, a quebra foi de -3% em valor e de -14% em quantidade.
As exportações de vestuário permaneceram positivas em valor (+7%), mas em volume verificou-se uma diminuição (-5%).
O relatório da ATP – Associação Têxtil de Portugal, relativo aos primeiros dois meses do ano, aponta para exportações acumuladas no valor de 1.012 milhões de euros (+1%) e 83 mil toneladas (-12%) de exportações.
Nestes dois meses do ano foi registada uma quebra na maioria dos principais destinos de exportação. Ainda assim, nalguns foi conseguido um “bom desempenho”, nomeadamente para França, com +13% em valor e +3% em quantidade, Suíça, com +42% em valor e +10% em quantidade, Canadá, com +21% em valor e +19% em quantidade, Roménia, com +18% em valor e +27% em quantidade, e Chéquia, com +20% em valor e +7% em quantidade.
“Estamos seguramente a exportar menos por mais valor. Facto que se deve à inflação que se regista na maioria dos mercados e que tem impacto ao longo de toda a cadeia de valor e fornecimento”, adianta Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil de Portugal, que assina o documento.
Quanto às importações, em fevereiro desceram 8% em valor e 17% em quantidade, afetando sobretudo as matérias têxteis e os têxteis confecionados, uma vez que no vestuário houve um aumento de +11% em valor e +3% em quantidade.
Em termos acumulados, nos dois primeiros meses do ano, Portugal importou 805 milhões de euros e 86 mil toneladas de têxteis e vestuário, -2% do valor e -19% da quantidade importada no mesmo período do ano anterior, afetando em particular as matérias-primas têxteis (-24% em valor e -27% em quantidade) o que reflete uma menor procura por parte da indústria, em resultado do abrandamento económico.
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