No documento, a associação sublinha a importância de “uma cidade viva, dinâmica e atrativa, onde as pessoas circulem nas ruas, com oportunidades para viver, trabalhar e investir”, defendendo que o comércio e os serviços de proximidade são peças centrais para a prosperidade de Guimarães.

Entre as principais propostas, destaca-se o reforço da atratividade do centro histórico e comercial, através da deslocação de serviços públicos para o coração da cidade, da criação de incentivos à modernização de esplanadas e fachadas, bem como da atração de lojas âncora. A associação reclama ainda o fim da uniformização de cores nas fachadas e o combate às vendas ambulantes que ocupam permanentemente zonas centrais.

A mobilidade e acessibilidade surgem também como eixo prioritário. A ACTG defende a criação de pequenos parques de estacionamento, a oferta de duas horas gratuitas nos parques municipais mediante comprovativo de compras no comércio tradicional e a gratuitidade dos transportes públicos ao fim de semana. Pede igualmente o fim da isenção de pagamento de parcómetros para veículos elétricos.

No capítulo do ordenamento e estética urbana, a associação propõe a remoção de emaranhados de fios que prejudicam a imagem do centro, a obrigatoriedade de reparação de caleiros danificados e a instalação de um sistema de toldes organizados por cores, que identifiquem setores de atividade.

A ACTG reivindica ainda medidas de segurança e modernização, como a instalação de câmaras de vigilância em zonas estratégicas, a simplificação de processos de licenciamento e a criação de um programa municipal de apoio à reabilitação de lojas, com empréstimos sem juros para obras. O reforço da iluminação pública é outro dos pontos incluídos.

No que toca à valorização do comércio histórico, a associação defende apoios às chamadas “Lojas com História” e a promoção de iniciativas diferenciadoras que reforcem a identidade local, como os “telhados temáticos” nas épocas de maior afluência turística.

O setor do turismo também não foi esquecido. A associação propõe a criação de uma taxa turística para autocarros de excursão, campanhas de promoção no norte de Espanha e uma divulgação integrada dos recursos culturais e naturais do concelho.

A promoção do comércio e a dinamização da cidade passam, segundo a ACTG, pela realização de campanhas frequentes de marketing, maior integração do comércio nos eventos municipais e até pela criação de um parque infantil na Plataforma das Artes.

Entre as medidas complementares, destacam-se ainda a organização de eventos temáticos mensais, incentivos à animação de rua, programas de incubação de comércio local com rendas reduzidas, apoios à reabertura de lojas históricas, estímulos à transição energética e a criação de um cartão fidelidade municipal, designado “Guimarães + Perto”.

Com este conjunto de propostas, a ACTG desafia os candidatos à Câmara a integrar estas medidas nos respetivos programas eleitorais, sublinhando que o objetivo comum deve ser o de “uma cidade mais dinâmica, atrativa e competitiva, que valorize o comércio tradicional e os seus cidadãos”.