ACTG faz duras críticas à postura do município que acusa de “boicote total” à associação

O comércio de Guimarães está a atravessar dificuldades, aponta a ACTG, e “vemos o município de costas voltadas para nós”.

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Em carta aberta dirigida a Domingos Bragança, a Associação do Comércio Tradicional de Guimarães diz-se surpreendida e desiludida dos resultados da candidatura do município aos “Bairros Digitais”.

Numa dura  carta dirigida ao presidente da Câmara Municipal, a associação de comerciantes refere ter ficando também “bastante estupefacta com o facto do município ter ido buscar para sua parceira nesta missão uma Associação de Ponte de Lima, a CEVAL, com a desculpa de que as Associações Vimaranenses são pouco representativas”, apontando que a ACTG tem cerca de 300 associados e “foi preterida em relação a uma Associação que se apresenta como sendo do Alto Minho, zona onde Guimarães não se encontra incluído”.

Entre os seus associados, a ACTG diz ter empresas dos mais variados setores, encabeçados pelo comércio em geral, mas vários prestadores de serviços, da hotelaria e restauração que também estão bem representados. “Falta-nos realmente a indústria, onde temos fraca representação, mas para isso temos a Associação Empresarial de Guimarães”, refere a carta.

E se, acrescenta “o município de Guimarães deseja associações mais fortes tem que lhes dar voz e ter em consideração as suas opiniões”.

A direção da ACTG acusa o município de chumbar e recusar “99% dos projetos que apresenta”, e enumera alguns: O “Sabores de Guimarães” que visava promover todos os restaurantes do concelho de Guimarães; o “Guimarães com Doçura”, que promovia todas as confeitarias e panificadoras com fabrico próprio; o “Guimarães Florida” cuja ideia foi aproveitada pela câmara de Braga, tornando-a num grande sucesso que enche a cidade de cor, ou o “Têxteis no ar” um projeto de decoração de ruas. Para além destes “muitos outros pequenos projetos são recusados mal a ideia é apresentada, fazendo-se assim um boicote total a esta Associação”.

Quanto à candidatura aos Bairros Digitais, a Associação refere também ter desistido do seu próprio projeto para entrar como parceira da Câmara Municipal de Guimarães “e, pasme-se, qual não foi a sua surpresa ao ver que nunca foi solicitada a contribuição desta Associação, e, só com muita insistência, teve conhecimento de uma pequena parte do mesmo projeto”.

A direção põe assim em causa as “opções do município, quer nos parceiros escolhidos, quer em certas opções não técnicas, e lembra que “este é um projeto para promover o comércio, não para o ignorar e fazer o que o município deseja e acha que “fica bem”.

O comércio de Guimarães está a atravessar dificuldades, aponta ainda a ACTG, e “vemos o município de costas voltadas para nós”.

Na reunião de câmara da passada quinta-feira, dia 14, o assunto foi debatido. Ricardo Araújo, vereador do PSD, mostrou-se “desiludido” com a posição da candidatura de Guimarães aos Bairros Digitais, tendo ficado em 95º lugar em 160 candidaturas, e com financiamento condicionado à abertura de um novo pacote de verbas do PRR, quando Braga, deu como exemplo, ficou em primeiro lugar. “A candidatura foi aprovada, mas não correu bem”, admitiu na reunião do executivo, Domingos Bragança.

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