Este dado, reflete a nota, “só por si, diz muito sobre o estado atual da AF Braga, uma estrutura apagada, distante e desligada da realidade e das necessidades dos seus Clubes. Esta ausência massiva é o reflexo de uma relação marcada pela falta de proximidade, pela inexistência de escuta ativa e pela ausência de uma verdadeira parceria entre a Direção e aqueles que têm de ser o centro da sua ação: os Clubes”.

A candidatura diz mais, que o cenário torna-se “mais nebuloso, grave e preocupante, quando tomamos conhecimento, no passado dia 20 de Agosto, da celebração, sem discussão nem deliberação em reunião de Direção, de forma atamancada, irregular e ilegal , de um acordo de venda do naming da Pro-Nacional – “Liga bigONE Pro-Nacional” – por valores muito abaixo do mercado, inferiores, até, aos obtidos por várias Associações congéneres de muito menor dimensão”.

Este processo, que a candidatura diz ter sido conduzido de forma unilateral pelo Presidente da AF Braga e pelo Vice-Presidente, ora candidato a Presidente, nas costas dos Clubes e sem o seu envolvimento, é lesivo dos interesses da AF Braga e das suas colectividades. Mais uma vez, fica bem claro que, para a atual Direção, os Clubes existem apenas para pagar inscrições, taxas, multas e coimas, e não para serem, como devem, e têm de ser, o pilar central do ecossistema do Futebol Distrital”, acusa.

É neste quadro que a candidatura “Ambição e Futuro”, liderada por Pedro Sousa, surge, refere também a nota, “suportada pela força de mais de 131 subscrições de Clubes, provenientes de todos os 14 Concelhos do Distrito, dos Amadores , que representam a maioria das subscrições, aos Profissionais, como a única candidatura de alternativa ao atual estado das coisas”, ao atual “status quo”. Uma candidatura sustentada numa equipa diretiva “de primeira linha, heterogénea, com diferentes perfis, experiências e competências, mas unida à volta de uma visão corajosa, ambiciosa e transformadora para a AF Braga”.

Por  isto, a candidatura “Ambição e Futuro” assume a “ambição clara de representar a verdadeira mudança que urge imprimir à AF Braga. Uma mudança vanguardista, inovadora e determinada, que devolva à Associação de Futebol de Braga a centralidade, o respeito e a grandeza que os seus Clubes exigem e merecem”.

A fechar, a candidatura deixa um lamento, um “lamento revelador”, afirmando que, apesar de múltiplos convites e desafios lançados pelo candidato Pedro Sousa, o “candidato da continuidade”, Miguel Azevedo, tem-se revelado indisponível para qualquer debate público sobre o futuro da Associação de Futebol de Braga.

“Quem não está disponível para debater a AF Braga, não está, definitivamente, à altura de a liderar”, termina.