Alunos de Guimarães, Braga e Famalicão melhores que a média nacional

Bons resultados para os alunos de Guimarães com Ação Social Escolar.

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Os alunos de Guimarães, Braga e Famalicão, têm, em regra melhores resultados que a media nacional. Há algumas, poucas, exceções.

Há diferenças entre os três concelhos. Famalicão leva a melhor no secundário, Braga no 1º ciclo e Guimarães entre os alunos com Ação Social Escolar, nos 2º e 3º ciclos. Os três concelhos estão entre os 25% mais altos no 3º ciclo.

Os alunos vimaranenses têm níveis de sucesso educativo, em regra, melhores que os resultados médios de alunos com um contexto socioeconómico e um percurso escolar semelhantes, a nível nacional. Esta conclusão é válida para os alunos em geral, mas também para os alunos que beneficiam da Ação Social Escolar (ASE). Os números baseiam-se nos dados reportados pelas escolas ao sistema de informação do Ministério da Educação e na base de dados do Júri Nacional de Exames e estão disponíveis no portal Infoescolas.

Com exceção dos alunos do 1º ciclo com ASE e dos alunos do secundários, em todos os outros casos, os vimaranenses têm melhores resultados que a média nacional. No caso dos alunos do 1º ciclo com ASE os resultados são exatamente iguais à média nacional e, no caso dos alunos do secundário, os de Guimarães ficam um ponto percentual abaixo da média nacional.

Braga tem melhores resultados no 1º ciclo

Comparativamente, os alunos de Braga são quem apresenta melhores resultados no primeiro nível de ensino. Há 94% de alunos a completarem o 1º ciclo em quatro anos, no concelho de Braga, mais quatro pontos percentuais que a média do país. No caso dos alunos bracarenses com ASE, são 87% os que terminam o 1º ciclo em quatro anos, mais cinco pontos percentuais que a média nacional.

Em Famalicão, 91% das crianças completam o 1º ciclo em quatro anos, contra 89% da média nacional. Já os alunos com ASE, em Famalicão, só 83% é que completam o 1º ciclo no tempo previsto, pior que a média nacional que é de 85%.

Foto: DR

Em Guimarães, 91% dos alunos fazem o 1º ciclo de ensino em quatro anos, três pontos percentuais acima dos 88% da media nacional. No caso dos alunos vimaranenses com ASE, os resultados são iguais à média nacional, 84%.

Esta média nacional, dos alunos do 1º ciclo, é calculada com os alunos do país que, ao entrarem no ciclo de ensino, tinham um perfil semelhante ao dos alunos da região, em termos de apoios ASE, idade à entrada no ciclo, habilitação da mãe e categoria da escola frequentada relativamente à percentagem de alunos com apoio ASE. “O objetivo é enquadrar os resultados dos alunos com apoio ASE na região com uma média nacional apropriada”, pode ler-se no portal Infoescolas.

Bons resultados para os alunos de Guimarães com ASE

Ao nível do 2º ciclo, os alunos de Guimarães são os que mais se destacam da média nacional, no comparativo com Braga e Famalicão. Há 98% de alunos a terminar este ciclo de estudos em dois anos, mais quatro pontos percentuais que a média de Portugal. No caso dos alunos com ASE, a diferença é ainda maior, cinco pontos percentuais, de 91%, a média nacional, para 96%, o valor do concelho de Guimarães.

Famalicão e Braga também apresentam resultados positivos relativamente à média nacional no 2º ciclo, com 96% de alunos a terminarem este ciclo de estudos em dois anos , nos dois concelhos. Este valor representa mais três pontos percentuais que a média nacional, em Famalicão e mais dois, em Braga.

A situação repete-se no caso dos alunos com ASE. Em Famalicão, 94 % destes alunos completam o 2º ciclo em dois anos, o que compara com os 90% do país. Em Braga, há 93% de alunos a fazer o 2º ciclo no tempo esperado, três pontos acima da média do país.

Esta média nacional é calculada com os alunos do país que, ao entrarem no 2.º ciclo, tinham um perfil semelhante ao dos alunos da região, em termos de idade, apoios da Ação Social Escolar, habilitação da mãe e natureza pública ou privada da escola que frequentam. Desta forma é possível, comparando os resultados da região com a média nacional, avaliar o trabalho que se está a fazer ao nível regional.

Guimarães, Famalicão e Braga entre os 25% mais altos no 3º ciclo

Ao nível do 3º ciclo de ensino, a percentagem de alunos que obtêm positiva nas provas nacionais do 9.º ano, após um percurso sem retenções nos 7.º e 8.º anos, em Guimarães, é de 56%, contra os 47% nacionais. Neste caso, o concelho de Guimarães está entre os 25% mais altos do país.

Já a percentagem de alunos com ASE que obtém positiva nas mesmas provas é 43%, melhor que os 34% da média do país. Em qualquer dos casos os alunos de Guimarães estão nove pontos por cima da média nacional.

Em Braga e Famalicão, os resultados dos alunos do 3º ciclo nas provas nacionais também superam a média nacional. No caso de Braga, 57% contra 51% e, em Famalicão, 53% contra 48%. Estes resultados também colocam os dois concelhos vizinhos entre os 25% mais altos do país.

O resultados positivos mantêm-se nestes dois concelhos, quando olhamos para os alunos com ASE. Em Braga são 35% os que obtêm resultado positivo nas provas nacionais, contra 31% da média nacional, no caso de Famalicão, 36% destes alunos tiram positiva nas provas nacionais contra 33% na média do país.

A média, para os alunos do 3º ciclo, é calculada com os alunos do país que, três anos antes, no final do 6.º ano, demostraram um nível escolar semelhante ao dos alunos da região.

Famalicão lídera no ensino secundário

Ao nível do ensino secundário, os resultados de Famalicão são os melhores, deste comparativo entre os três concelhos. A percentagem de alunos que obtêm positiva nos exames nacionais do 12.º ano, após um percurso sem retenções nos 10.º e 11.º anos, é de 59%, em Famalicão, seis pontos acima dos 53% da média nacional. Estes resultados colocam Famalicão entre os 25% mais altos do país.

Foto: Eliseu Samapaio/Mais Guimarães

Também entre os alunos com ASE, os resultados do famalicenses sobressaem. Há 52% a tirar positiva nos exames nacionais, contra 43 da média nacional, uma diferença de nove pontos percentuais.

Em Braga, ao nível do ensino secundário, os resultados estão completamente alinhados com a média nacional. Há 50% de alunos com positiva nos exames nacionais, para uma média do país de 50% e 39% dos alunos com ASE conseguem positiva nestas provas, que compara com a média nacional com o mesmo valor.

No caso de Guimarães, os alunos com ASE estão a ter um bom desempenho, ao nível do secundário. Há 45% destes alunos que conseguem ter positiva nos exames nacionais, contra apenas 40% na média nacional. Já os alunos do secundário em geral estão um ponto abaixo da média nacional. Apenas 47% dos vimaranenses alcançam nota positiva nos exames nacionais do 12º ano, contra 48% a nível de Portugal.

A média, para o ensino secundário, é calculada com os alunos do país que, três anos antes, no final do 9.º ano, demostraram um nível escolar semelhante ao dos alunos da região.

Guimarães e Famalicão melhores que Braga no profissional

No ensino profissional os resultados de Guimarães e Famalicão estão a par, Braga tem piores resultados entre os alunos com ASE, neste nível de ensino.

Foto: Rui Dias

Em Guimarães, 72% dos alunos concluem o curso no tempo esperado, sete pontos acima da média nacional de 65%. Quando se analisa apenas os alunos com ASE, a diferença é ainda maior. Há 76% destes a concluir o curso em três anos ou menos e apenas 66% conseguem este registo a nível do país.

Famalicão tem 74% de alunos a concluir o curso no tempo previsto, contra 67% da média nacional, tal como Guimarães, sete pontos acima da média do país. No caso dos alunos com ASE, são 74% os que concluem o curso no tempo determinado, 10 pontos acima da média nacional de 64%.

Braga tem os piores resultados ao nível do ensino profissional, neste comparativo entre os três concelhos. Entre os alunos bracarenses do profissional, há 69% que completam os curso no tempo previsto, o que compara com os 63% do registo nacional. Dos alunos do profissional com ASE, em Braga, 62% fazem o curso sem percalços, neste caso, pior que a média nacional de 64%.

A média nacional, neste caso, é calculada com os alunos do país que, ao entrarem no ensino secundário profissional, tinham um perfil semelhante ao dos alunos da região, em termos de idade e de apoios da Ação Social Escolar.

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