André Brito: “Não está nada fechado”

Cavaleiros ocupam atualmente o quarto lugar.

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Pevidém garantiu manutenção, mas o treinador ainda não tem o futuro definido.

© Mais Guimarães

Objetivo da manutenção garantido. O que podemos esperar até ao final da época?
Queremos ter a melhor classificação possível, dentro do que foram os acontecimentos na presente temporada. E refiro-me à mudança de treinador, à nossa entrada, e ao momento menos positivo que passamos. E os jogadores querem demonstrar toda a qualidade que possuem. Queremos presentear as pessoas com bom futebol e penso que o temos conseguido, principalmente em casa.

É um balanço positivo?
Penso que sim. Chegamos num momento difícil do clube e do plantel. Este grupo tem muita qualidade individual, mas não tinha tanta coletiva. Tivemos de conquistar a confiança dos jogadores para agora termos um jogo mais sólido e à nossa imagem. É evidente que não vamos fugir da responsabilidade. Quando vim para Pevidém era para subir. A partir do momento que não acontece, será sempre um objetivo falhado. Temos de conversar no final para decidir qual será o futuro.

Já conversaram sobre a próxima temporada?
Há sempre conversas, embora informais. Mas, com três meses de paragem, faz sentido conversar no final da época, de uma forma mais tranquila, mais séria e assertiva

Já foi abordado então pelo Pevidém?
Há uma ideia. A partir do momento em que vim para cá, já com o decorrer da época, seria também a pensar na próxima temporada. Mas não está nada fechado. Temos de perceber o que o Pevidém pretende e perceber qual o balanço real do que foi o nosso trabalho. Estamos tão imbuídos no espírito de trabalho que às vezes não temos essa consciência. Vamos falar entre todos e aí sim perceber qual é o balanço.

© Mais Guimarães

O André está habituado a ganhar e o trabalho em Dume é uma prova disso.  O que pensa para si próprio pelo fato de não ter ganho tantas vezes?
Ganhamos mais vezes do que aquelas que perdemos. Nos dois projetos anteriores, subi com o Desportivo de Ronfe e subi com o Dumiense e alimentava o sonho de subir este ano com o Pevidém. Se o futuro for cá, poderá ainda acontecer. Agora, para nós, o que tem ficado ao longo deste tempo é a forma como jogamos e as pessoas já associarem a nossa equipa técnica aa uma identidade de jogo e a uma forma de estar bem vincada. Mesmo não ganhando tantas as vezes aqui, conquistar novamente esse respeito também é positivo. As outras equipas também têm bons treinadores e grandes jogadores.

Mas o André habituou-se mal ou essa é a sua exigência para consigo próprio?
É a minha exigência natural. Na formação habituei-me a ganhar constantemente. Fui duas vezes campeão distrital sem derrotas. Diziam-me que seria impossível nos seniores e aconteceu o ano passado. Fomos campeões sem derrotas e a ganhar duas finalíssimas. Tenho tido a felicidade de ter sempre grupos de grande qualidade, porque no final são os jogadores que interpretam. E a felicidade também de trabalhar em clubes que nos dão condições para ganharmos mais vezes.

O que encontrou em Pevidém?
Uma equipa que vinha ferida de uma época menos conseguida na Liga 3. Quando existe a mudança de treinador nunca será por aspetos positivos, mas não há só responsabilidade do treinador, da equipa ou da direção. É um conjunto de fatores. E nós que andamos no futebol, sabemos que uma bola na trave pode definir muito os caminhos e a confiança da equipa. Quando perdemos em Viana, acredito que muta gente duvidou de nós. Conseguimos uma recuperação fantástica e que até podia ter sido melhor nesta fase final, mas tivemos um infortúnio pelo caminho. Mas, mais importante daquilo que encontrei, era projetar aquilo que será o futuro do clube e o meu futuro enquanto treinador.

E que diferenças encontrou do Dumiense para o Pevidém?
Em Pevidém encontramos um plantel fortíssimo, com jogadores de grande qualidade e que já tinham estado em outros patamares. Em Dume havia mais fome, porque tínhamos miúdos que queriam chegar a patamares profissionais. Em Pevidém, temos jogadores que dão experiência e que já tinham estado nesses patamares. E este Pevidém, com mais jornadas para disputar, iria lutar pela subida de divisão. Essa é a minha ideia e é a ideia que tenho ouvido. As pessoas dizem que somos a melhor equipa a jogar futebol.

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