O Governo vai anunciar nesta segunda-feira, dia 05 de setembro, após a reunião do Conselho de Ministros extraordinária, um conjunto de medidas de apoio às famílias e empresas, na resposta à elevada inflação, que no último mês atingiu os nove por cento, embora tenha descido ligeiramente, 0,01% comparativamente com o mês anterior.

Na sexta-feira, em visita oficial a Moçambique, António Costa afirmou ser “necessário assegurar que quer as famílias, quer as empresas têm condições de enfrentar esta situação”, acrescentando que “a inflação é dos fenómenos económicos mas difíceis de enfrentar, gerir e controlar”.

O pacote de medidas que será amanhã anunciado, adianta o Dinheiro Vivo, poderá ultrapassar os dois mil milhões de euros, prevê um adiantamento aos pensionistas dos aumentos que vão receber no próximo ano, um aumento de cerca de 6%, a retoma do cheque de 60 euros, destinado às famílias para ajudar a suportar os custos com energia e alimentos. Mas este valor “deverá subir 40 euros, para 100 euros, sendo alargado – além dos beneficiários das prestações mínimas sociais e da tarifa social de energia – aos agregados de escalões de rendimento da classe média”, refere o jornal.

Em relação às empresas, António Costa afirmou que vai esperar pela reunião dos ministros da Energia da União Europeia, marcada para 9 de setembro, para as anunciar, embora algumas medidas possam ser conhecidas já esta segunda-feira.

Entre as medidas a adotar deverá estar a subida dos apoios para as empresas com gastos intensivos de energia, nomeadamente cerâmicas, metalúrgicas, vidrarias, cimenteiras e têxteis.

No comentário às medidas que possam vir a ser adotadas, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da República considerou que “é preciso uma ação rápida, mas que as medidas devem ser ajustadas mês a mês”.