António Miguel Cardoso: “As coisas não estavam bem e era preciso corrigir”
"Quando tomamos uma decisão e sentimos que as coisas não estão bem, corrigimos”, foi desta forma que António Miguel Cardoso justificou a saída de Paulo Turra, treinador que o clube contratou há pouco mais de um mês, e que esteve apenas seis jogos no comando da equipa de futebol do Vitória Sport Clube.
O presidente da direção do VSC adiantou ter percebido um problema de “liderança” no balneário do clube, “Sentimos que as coisas não estavam bem, falámos com o mister Paulo Turra e as coisas foram decididas” adiantou António Miguel Cardoso. “Era confortável não fazer nada, mas esta administração do Vitória veio para liderar e para que o clube possa ter muitos mais títulos nos próximos 100 anos. Não temos receio, acreditamos. Não podemos ser orgulhosos. Quando tomamos uma decisão e sentimos que as coisas não estão bem, corrigimos”, acrescentou.
Quanto à contratação de Álvaro Pacheco, o líder vitoriano diz ter “muitas competências, que validámos, mas há uma característica neste momento que sublinho, que é a liderança. Acreditamos que estamos protegidos”. A contratação de Álvaro Pacheco não foi um ato arbitrário referiu, “Na altura da saída do mister Moreno já gostávamos do mister Álvaro. A convicção no seu trabalho não é de agora, mas estava a trabalhar no Estoril pelo que não equacionámos isso. Respeitamos o Estoril e todos os clubes e os contratos que têm com os técnicos”, acrescentou.
“Temos de ter capacidade para tomar decisões consoante vão aparecendo os momentos. Na época passada acreditámos no mister Moreno e mantivemo-nos fiéis a ele, mesmo com a contestação dos associados. Tivemos de reagir, com total confiança no que estávamos a fazer. A equipa evoluiu também nas últimas semanas, por mérito ao mister Paulo Turra. Sentimos, porém, que as coisas não estavam bem e que era preciso corrigir, pelo que não tivemos receio. É preciso uma liderança e decidimos. Este é um momento conturbado, mas em breve vamos ter estabilidade e arrancar para uma grande época. Não podemos ter medo de tomar decisões”.
Relativamente às críticas de instabilidade no clube perante as mudanças, o presidente da direção é perentório: “O ruído aparece sempre quando se tomam decisões deste tipo, faz parte. Muitas vezes houve ruído na época passada. Achámos que era muito importante, além das suas competências, que o novo treinador trouxesse rendimento físico e liderança. Era preciso que essa liderança existisse no balneário, no dia a dia da equipa de futebol profissional. Em alguns momentos, nestes últimos dias, essa liderança enfraqueceu e sentimos que já não existia caminho. Estamos aqui para decidir, para corrigir quando é preciso”, terminou.
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