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Apagão: Câmara destaca resposta eficaz e aponta medidas para reforço da autonomia energética

A Câmara pretende expandir a instalação de painéis solares e investir em baterias mais eficientes, que permitam acumular energia para utilização em situações de emergência.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

A Câmara Municipal de Guimarães, através da vereadora Sofia Ferreira, responsável pela Proteção Civil Municipal, fez um balanço positivo da resposta ao apagão elétrico que afetou a cidade e o país, na segunda-feira, 28 de abril. Numa conferência de imprensa realizada esta manhã, a autarca agradeceu a mobilização e o esforço conjunto de todas as entidades envolvidas e sublinhou a importância da cooperação e da articulação entre os agentes da Proteção Civil. “Conseguimos reagir com eficácia a um cenário totalmente imprevisível. A prioridade foi assegurar os serviços de saúde, o fornecimento de água e o apoio à população mais vulnerável. Tudo foi feito em espírito de colaboração, e a avaliação é “francamente positiva”, afirmou Sofia Ferreira.

Mobilizados geradores para serviços prioritários

Desde o início da falha de energia, os serviços da Proteção Civil Municipal ativaram o Centro de Coordenação Operacional, garantindo uma resposta rápida às situações prioritárias. Foram mobilizados geradores de grande potência para o Hospital Senhora da Oliveira (630 kVA), para centros de saúde e para instalações da Vimágua (135 kVA), assegurando o funcionamento de equipamentos médicos, a conservação de medicamentos e o abastecimento de água.

Uma das medidas de maior destaque foi a criação, em tempo recorde, de uma zona de apoio à população no Pavilhão do Inatel, que acolheu utentes dependentes de equipamentos respiratórios e outros dispositivos médicos alimentados por energia elétrica. A estrutura foi desativada na manhã desta terça-feira, 29 de abril, após a estabilização do fornecimento. O apagão comprometeu as redes móveis, dificultando as comunicações. Ainda assim, acrescentou, o Município “conseguiu manter contacto com os agentes de Proteção Civil através da rede SIRESP e de canais digitais como WhatsApp e Telegram, evitando a perda de coordenação”.

A falha nas comunicações foi comparada à realidade vivida durante a pandemia, e reforçou a necessidade de soluções alternativas e robustas. A vereadora elogiou o comportamento da população vimaranense, destacando a serenidade com que a situação foi enfrentada: “Apesar da ansiedade compreensível, não se registaram episódios de pânico. A população reagiu com confiança nas instituições, e isso foi fundamental para o sucesso da resposta”.  No entanto, a situação revelou fragilidades na autonomia energética do Município, que agora pretende colmatar com um conjunto de medidas estruturais.

Município traça eixos estratégicos para reforçar resiliência

Em declarações conjuntas, os técnicos municipais Joaquim Carvalho e Daniel Estabainha destacaram três eixos estratégicos para reforçar a resiliência: Será feito o levantamento e aquisição de geradores para centros de saúde, escolas estratégicas e infraestruturas municipais essenciais. A manutenção periódica desses equipamentos será obrigatória, como já acontece com extintores e sistemas contra incêndios.

A Câmara pretende expandir a instalação de painéis solares e investir em baterias mais eficientes, que permitam acumular energia para utilização em situações de emergência, especialmente em edifícios já equipados com sistemas fotovoltaicos. Para evitar o caos no trânsito observado noutras cidades durante o apagão, como Lisboa e Porto, Guimarães irá avaliar a substituição progressiva da sua rede de semáforos por sistemas autónomos com painéis solares.

O setor empresarial vimaranense foi também elogiado pela rápida disponibilização de geradores de grande porte, alguns obtidos através de parcerias com empresas privadas. O Município confirmou que, apesar da escassez no mercado, foi possível garantir o apoio necessário com rapidez, em articulação com o Comando Subregional de Emergência e Proteção Civil e a E-REDES. A vereadora Sofia Ferreira reforçou ainda a necessidade de promover a cultura da prevenção entre os cidadãos, defendendo a criação de kits de emergência familiar, com recursos essenciais para 72 horas, como forma de garantir maior resiliência individual e comunitária. “Temos que confiar nas instituições, evitar o pânico e estar preparados. A comunicação social tem aqui também um papel pedagógico fundamental”, concluiu. A autarquia promete agora consolidar estas aprendizagens e implementar medidas concretas para que Guimarães esteja ainda melhor preparada para responder a futuros eventos disruptivos.

 

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