Foi apresentado esta manhã, na Casa da Memória, o programa da conferência “Em Concreto (2)” – Património Cultural Imaterial no Terreno Expetativas, Experiências, Perspetivas. A sessão contou com a presença de Adelina Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal e presidente da direção d’A Oficina, e Catarina Pereira, em representação d’A Oficina e da Casa da Memória.

Depois de um primeiro “Em Concreto”, que teve lugar em Dezembro de 2016, A Oficina e o Centro em Rede de Investigação em Antropologia – UMinho, em colaboração com o Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança, organizam um segundo encontro, como forma de juntar funcionários de instituições culturais, decisores políticos, investigadores, participantes em iniciativas patrimoniais locais, e propor um esforço de reflexão e criatividade aplicadas a uma intervenção etnográfica centrada nas dinâmicas sociais e culturais contemporâneas. Esse segundo encontro está agendado para os dias 13 e 14 de dezembro.

A Conferência “Em Concreto (2)” terá como destaque a apresentação do Estudo Antropológico das Festas Nicolinas de Guimarães, por Jean-Yves Durand (CRIA-UMinho), que se tem vindo a desenvolver há três anos. No primeiro dia, da parte da tarde, será feita a apresentação do estudo, na primeira pessoa, sendo que o segundo dia está reservado à reflexão e ao debate acerca dos pontos do dia anterior.

Este tem sido, segundo Adelina Pinto, um trabalho complexo, uma vez que tratar de património imaterial é mais difícil do que do património material. “Não ficamos satisfeitos só porque somos património da humanidade. Continuamos a trabalhar”, afirmou. Ainda de acordo com a vice-presidente da autarquia “este tipo de candidaturas nunca podem ficar alinhadas apenas do lado de meia dúzia de pessoas”, daí ser proposta uma “reflexão sobre o património imaterial”.

Em causa estão as Festas Nicolinas, mas também a Confecção das Passarinhas e dos Sardões, integrada nas festas de Santa Luzia.