“As Férias Afonsinas” são o tema das Danças de S. Nicolau que prometem pura sátira e muitas gargalhadas
As Danças de S. Nicolau fecham - a par do Baile da Saudade – a programação das Festas Nicolinas na cidade de Guimarães, e vão ter lugar a 06 de dezembro, a partir das 21h00, no Centro Cultural Vila Flor. Miguel Bastos, coordenador artístico, não esconde a exigência de ano após ano, elevar a fasquia de um espetáculo que apresenta sátira e crítica à sociedade e aos temas que marcaram Guimarães ao longo do último ano.
As Danças de S. Nicolau fecham – a par do Baile da Saudade – a programação das Festas Nicolinas na cidade de Guimarães, e vão ter lugar a 06 de dezembro, a partir das 21h00, no Centro Cultural Vila Flor. Miguel Bastos, coordenador artístico, não esconde a exigência de ano após ano, elevar a fasquia de um espetáculo que apresenta sátira e crítica à sociedade e aos temas que marcaram Guimarães ao longo do último ano.
Há 29 anos que Miguel Bastos assume a responsabilidade de encabeçar um grupo que, apesar de heterogéneo, é coeso, formado por homens exclusivamente, que em comum têm a essência pura nicolina. Motivos mais do que suficientes para realizar um espetáculo com sucesso garantido.
Velhos e também novos nicolinos ultimam, nesta altura, pormenores nos ensaios que já duram há algumas semanas, para juntos, proporcionarem um número épico a uma sala que se espera completamente lotada.
“Os ensaios estão a correr bem, dentro da normalidade, sempre às terças-feiras, juntam pessoas que se conhecem há já muito tempo”. São as 29ª Danças de S. Nicolau de Miguel Bastos, mas a responsabilidade é a mesma da primeira edição. “A responsabilidade pesa acima de mil toneladas”, brinca. “É muito grande, sem dúvida, é um trabalho exigente, mas que se faz com muito gosto. Ninguém é remunerado, rouba tempo ao trabalho e à família de toda a gente envolvida, para se poder preparar tudo bem e com tempo”, refere o responsável. Mas vale a pena o esforço, garante: “Somos nicolinos, vimaranenses e é um prazer enorme”.
A criatividade está entregue a si, mas não somente. O trabalho em equipa impera, e só assim faz sentido. “Há uma equipa, uns colaboram mais do que os outros, depende dos anos, mas, no fundo, como sou coordenador é óbvio que sobra sempre para mim”, brinca Miguel Bastos, que assume que o espetáculo se vai compondo com a colaboração e ideias de ajuste por parte de todos.
O palco é o Centro Cultural Vila Flor, com capacidade para 800 lugares sentados. Suficiente? “Sabemos que não, as pessoas queixam-se que não arranjam bilhetes e é verdade”, responde o coordenador.
Apesar da grandeza da sala, são muitos os que ficam de fora, motivo de lamento, mas “é o local possível, não há outro espaço com estas condições”. Sobre a possibilidade de as Danças de S. Nicolau se realizarem no Multiusos, Miguel Bastos não considera opção válida sob pena de se perder a verdadeira essência deste momento.
O tema deste ano volta a prometer. Não conseguimos desvendar pormenores, porque esses só no próprio dia serão revelados. Mas sabemos que o tema deste ano andará em torno das “Férias Afonsinas”, num espetáculo que vai contar com as habituais personagens que se mantêm de ano para ano. “Este ano, D. Afonso vai fazer umas férias, um cruzeiro e visitar uns países esquisitos”, avança Miguel Bastos.
Momento espelha na perfeição a fraternidade nicolina
A fraternidade nicolina é bem evidenciada nas Danças de S. Nicolau, número que encerra as comemorações. As suas origens são longínquas, estão ligadas à necessidade de angariar fundos para fazer face às despesas com a construção da Capela do santo. Essa necessidade, à época, levou à promoção de representações e danças, tal como determinava o Compromisso da Irmandade de São Nicolau, datado de 1691.
Com os altos e baixos com que se foram deparando ao longo dos anos, houve períodos em que nem sequer se realizaram. Foi da iniciativa dos estudantes a construção do Teatro de S. Francisco, em instalações do Convento, em 1849, onde se representaram Danças até 1854 quando encerrou. Mas a sala mais emblemática foi o Teatro D. Afonso Henriques, inaugurado em 1855, entretanto demolido, e, posteriormente, o Teatro Jordão.
Atualmente realizam-se no auditório do Centro Cultural Vila Flor. São o número que encerra as Festas Nicolinas, e o espetáculo termina com o Hino Escolástico, entoado em conjunto pelos estudantes, novos e velhos.
Uma noite de bom e refinado humor, de sátira social e crítica aos acontecimentos que marcaram o ano na cidade. Um espetáculo que só acontece em Guimarães, Capital Europeia da Cultura.
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