Associação VitóriaSempre exige responsabilização pela “atuação desadequada e abusiva” da GNR

A Associação VitóriaSempre, em comunicado, repudia os "lamentáveis atos de violência perpetrados pelas forças de segurança de que os adeptos do Vitória Sport Clube foram vítimas" este domingo, 25 de agosto, na deslocação a Vila das Aves.

© Vitória SC

A associação diz não haver outra forma de qualificar o uso “indevido, excessivo e desproporcionado da força por um organismo que detém o estatuto e poder de autoridade, seja ele qual for”, lembrando que as horas que precederam os “trágicos eventos” foram pautadas por um salutar convívio nas imediações do estádio entre adeptos vitorianos, avenses e comerciantes locais, como é, de resto, reforça, o “tónico habitual” nas deslocações dos vitorianos à vila vizinha.

Mesmo, acrescenta, a “festa do futebol” prosseguiu com normalidade nas bancadas, com o único pequeno foco de desestabilização a ter origem, diz, nas provocações do guarda-redes Simão Bertelli aos adeptos vitorianos já em cima do apito final, que passaram em claro à equipa de arbitragem e VAR.

A Associação VitóriaSempre adianta ter sido neste contexto que as forças de segurança decidiram “assumir o papel de protagonistas e escalar uma situação inócua que culminou nas lamentáveis cenas que os mais de quatro mil adeptos presentes no Estádio do CD Aves presenciaram e muitos sentiram na pele. Crianças, mulheres, idosos, jovens e menos jovens, ninguém escapou à ira desenfreada do bastão para repor uma ordem que nunca havia sido perdida”, pode ler-se no comunicado.

As cenas de violência que se alastraram para o exterior do recinto, onde um adepto vitoriano teve de ser hospitalizado após ter sido alvo de bastonadas na zona da cabeça.

A AVS diz que ao agente da autoridade exige-se capacidade de lidar com a pressão, “porque é nele em quem é investida a missão Constitucional de zelar pela liberdade e democracia, e porque é nele em quem confiamos, enquanto cidadãos, a salvaguarda dos nossos direitos, liberdades e garantias”.

Com efeito, a Associação VitórisSempre exige ao Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, ao Ministério da Administração Interna e à Guarda Nacional Republicana o “reconhecimento e a responsabilização pela atuação desadequada e abusiva” dos seus efetivos no âmbito do policiamento do jogo AFS SAD vs Vitória Sport Clube.

Aos mesmos intervenientes e à Liga Portugal, que diz estar “sempre afincada em promover um futebol para as famílias”, questiona a adequação e eficácia da decisão do destacamento de “unidades com treino militar para intervenção em situações extremas para o policiamento de um jogo de futebol, que se quer um momento de festa e celebração”.

A todos os afetados pelos acontecimentos de ontem, a Associação VitóriaSempre expressa ainda a sua “total solidariedade e reafirma o compromisso em ser uma voz intransigente na defesa dos direitos dos associados do Vitória Sport Clube”.

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