Levou o tema ao debate, referindo ter recebido “muitas reclamações e preocupações” de dirigentes desportivos locais. “Tratam-se de apoios ordinários, regulares, anuais, que a Câmara sabe que tem de prever e garantir no seu orçamento. É inaceitável que ainda não tenham sido pagos, causando dificuldades sérias às instituições”, apontou.

Ricardo Araújo lembrou que a maioria destas associações é de cariz amador e dependente do voluntariado, sublinhando que a falta de apoio “compromete investimentos, aquisição de equipamentos e melhorias” essenciais ao funcionamento dos clubes. Questionou ainda se a “falta de cabimentação orçamental” estará relacionada com o contexto eleitoral. “Estamos em ano de eleições, e depois o dinheiro não chega para tudo”, insinuou.

Em resposta, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, reconheceu as dificuldades orçamentais, mas assegurou que a autarquia mantém a intenção de cumprir com os compromissos. “A nossa vontade é dar, como sempre demos. O problema é que, neste momento, não temos margem no orçamento para cabimentar esses apoios”, justificou.

O autarca adiantou que a aprovação do recente empréstimo de 14 milhões de euros poderá aliviar a pressão sobre as contas municipais e permitir o reforço dos apoios a clubes, juntas de freguesia e instituições sociais. “Assim que houver cabimentação, daremos o apoio possível às entidades desportivas. A Câmara só pode dar dentro dos limites daquilo que tem”, concluiu.