“Estamos a receber crianças no pré-escolar com problemas muito graves, ao nível do autismo, e que são crianças que se vão manter até ao 12º ano, portanto, até aos 18 anos, a precisar de um apoio a tempo inteiro porque são crianças mesmo muito complicadas”, afirmou a autarca, sublinhando a gravidade crescente das situações identificadas.

Adelina Pinto destacou ainda a insuficiência de recursos humanos disponibilizados pelo Ministério da Educação para dar resposta a estas situações. “O Ministério prevê, na maior parte dos casos, duas pessoas, mas quem está a colocar mais pessoal é o Município, tendo em conta a gravidade da situação que é detetada e daquela que eu própria verifico nas escolas”, sublinhou.

A vereadora frisou que, sem a presença de um profissional da Equipa de Educação Especial (EEC), “não há forma nenhuma de ter algumas crianças na escola a não ser com o apoio de um funcionário a tempo inteiro”, referindo-se ainda ao impacto que isso tem nos assistentes operacionais. “Se não tivermos uma pessoa da EEC, isto vai, obviamente, sobrecarregar os assistentes operacionais, cuja função principal é pedagógica, de apoio e vigilância às crianças”. Adelina Pinto apelou, por isso, a uma maior atenção por parte do Ministério da Educação, reforçando a necessidade de mais recursos humanos para garantir uma resposta adequada e inclusiva para todas as crianças.